Correio de Carajás

Hospitais lotados na volta do feriado em Marabá

À noite, Guardas Municipais foram chamados para tentar organizar a fila/Foto: Evangelista Rocha

Imagens que circularam como fotos ou vídeos nas redes sociais na noite de ontem (27) assustaram a comunidade marabaense e mostraram a revolta e desespero de muitas pessoas na busca por atendimento em saúde em Marabá. Centenas de pessoas com sintomas grupais se aglomeravam nas portarias do Hospital Municipal de Marabá e do Hospital Unimed.

A situação foi confirmada pelo nosso colega Evangelista Rocha, repórter fotográfico do CORREIO, que também estava atrás de atendimento. Com teste em mãos, positivo para covid-19, que ele fez particular, foi ao HMM atrás apenas de um atestado médico e das orientações, mas amargou uma espera das 10h30 da manhã até às 22 horas, quando desistiu de esperar e foi para casa. Nesse meio tempo aguardou com senha em mãos para o setor de triagem, numa fila que pouco andou durante o dia.

Pela manhã centenas de pessoas já aguardavam/Foto: Evangelista Rocha
Pela manhã centenas de pessoas já aguardavam/Foto: Evangelista Rocha

“São centenas de pessoas aqui na tenda no aguardo por triagem, ou nos corredores externos e ainda no corredor interno do hospital. Muita gente revoltada, discussão e cansaço”, relatou o fotógrafo.

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As imagens corroboram com o que foi dito, e demonstram que o dia foi terrível no principal hospital de Marabá, no primeiro dia útil após o Natal. Na visão dos pacientes, era caso para o Município ter reforçado a disponibilidade de profissionais ontem, para vencer a fila de pessoas.

O número de atendimentos por síndrome gripal registrados nas unidades de saúde no Brasil disparou nas últimas duas semanas. A disparada de casos ocorre em meio a dois alertas sanitários: a chegada da variante ômicron do coronavírus e a série de surtos de Influenza A H3N2 registradas em diversos estados do país.

SÍNDROME GRIPAL

Os sintomas mais comuns da gripe H3N2, ou a conhecida influenza A, são: picos de febre, dor de garganta, tosse, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo e mal-estar intenso. Pode ter ocorrência de vômito e diarreia. O vírus H3N2 tem mais riscos de complicações em idosos e crianças.

O CORREIO não conseguiu falar com a direção do Hospital Municipal na noite desta segunda-feira para ouvir a versão sobre o ocorrido. (Da Redação)