Correio de Carajás

Homicida foragido é condenado a 15 anos de prisão

No dia de ontem (29) aconteceu mais um julgamento popular em Marabá, no Salão do Tribunal do Júri, durante o qual foi julgado o acaso de José Domingos Nogueira da Silva, acusado de assassinar Hermes José de Oliveira, de 74 anos, a pauladas. O crime aconteceu no dia 10 de junho de 2014, no Projeto Assentamento Alegria, zona rural de Marabá. Considerado culpado pelo conselho de sentença, José Domingos foi condenado a 15 anos de prisão, mas o julgamento aconteceu sem a presença dele, pois o réu está foragido.

O crime ocorreu por volta das 22h, no PA Alegria, onde José Domingos e um adolescente mataram Hermes José porque estaria defendendo a namorada do acusado que estava sendo agredida por ele na residência da vítima, onde estavam ingerindo bebida alcoólica.

Perseguido durante toda a noite, o acusado foi preso por volta das 6h30 da manhã do dia seguinte ao crie, junto com o menor que o ajudou a tirar a vida do idoso. A guarnição do Posto Policial Destacado foi a responsável pela prisão ainda em flagrante. Mas ele fugiu da cadeia.

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ITUPIRANGA

Outro julgamento com final um pouco diferente aconteceu também no dia de ontem na cidade de Itupiranga, onde o réu Diego Rodrigues Barroso foi julgado pelo assassinato de Renildo Baia Moreira e foi condenado, mas deve cumprir apenas um sexto da pena, pelo fato de o crime ter sido considerado “homicídio privilegiado”. O assassinato aconteceu dia 24 de novembro de 2016.

Segundo a acusação, o acusado voltava para casa, depois de ter bebida em um bar, e passou em frente à casa da vítima, que estava abrigando a ex-mulher do acusado. Munido de um martelo, ele entrou na residência e matou a vítima a golpes na cabeça. Foi preso cerca de 20 minutos depois e está até hoje no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA).

Porém, a história é mais complexa do que se pensa. Segundo o advogado Raphaell Lemes Braz, que fez a defesa do acusado, a vítima Renildo era homossexual dizia para as pessoas que estava namorando com o acusado e que este era portador de HIV.

Diego foi até a casa de Renildo para tomar satisfação. Renildo teria confessado que era HIV e queria transmitir para Diego e também para outras pessoas em Itupiranga. Com a revelação os dois se desentenderam e foram às vias de fato. Renildo pegou um martelo e jogou em Diego, atingindo-lhe no pé, mas o acusado pegou o martelo e aplicou vários golpes na vítima, mas pela frente e não à traição.

Como Diego já cumpriu boa parte da pena, o advogado acredita que dentro de seis meses ele deve conseguir a progressão para o regime semiaberto. (Chagas Filho)