Correio de Carajás

Homem tatua acrônimo de amor, mas é preso por violência doméstica

De acordo com informações da polícia, o suspeito estava muito alterado e embriagado, mas não era de amor e sim de bebida alcoólica

“Nunca esqueça o quanto eu amo você”. Essa é a frase estampada em forma do acrônimo NEOQEAV, do lado direito do peito de Gabriel Pereira da Silva. Do outro lado, o mesmo do coração, está gravado o nome da companheira. Essa poderia ser uma bela história de amor, se não fosse por um detalhe: Gabriel é suspeito de agredir a mulher amada dentro da própria casa.

Era por volta de 1 hora da manhã de quinta-feira, 21, quando a Polícia Militar (PM) de Parauapebas chegou a uma casa na Rua Chico Mendes, no Bairro da Paz. E ao contrário do casal que originou a história da sigla “NEOQEAV”, Gabriel não escreveu as letras em lugares inesperados. Ele as tatuou no peito e com as próprias mãos empunhou uma faca contra a companheira.

De acordo com informações da polícia, o suspeito estava muito alterado e embriagado, mas não era de amor e sim de bebida alcoólica.

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Na história original, a sigla “Nunca esqueça o quanto eu amo você”, foi gravada em amarelo nas fitas rosas dos buquês de flores do funeral da mulher, que morreu de uma doença grave.

Na vida “real”, tatuar o nome da companheira, acompanhado de uma frase de amor, não é garantia de que essa história terá um final feliz. Diariamente, mais de 50 mil mulheres sofrem violência doméstica no Brasil. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo DataFolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referente ao ano de 2022.

Diante dessa realidade, e de situações como a vivenciada pela companheira de Gabriel, é possível perceber que recorrentemente homens “esquecem” da promessa de amor eterno para a parceira, e a transformam em uma dolorida lembrança de violência e agressão. (Luciana Araújo)