A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) prendeu em Marabá, seis homens suspeitos de violência física contra mulheres. Entre elas, a agressão mais violenta levou a vítima até o Hospital Municipal de Marabá (HMM), com o nariz quebrado e um ferimento na região do olho, que sendo necessário três pontos para fechá-lo.
Ela foi agredida na face com uma furadeira e ao cair no chão, Gustavo Sousa Santos (agressor) continuou desferindo socos em seu rosto até deixá-la desacordada. Há duas semanas separados, a vítima já estava morando em outro local com os filhos, foi nesse novo endereço que a violência aconteceu.
De acordo com o relato da vítima, Gustavo bateu em sua porta querendo saber onde ela estava. Ela respondeu que havia saído para fazer um procedimento de beleza, mas a informação não agradou ao ex, que a ofendeu verbalmente com palavras de baixo calão e em seguida partiu para a agressão física.
Leia mais:A mulher foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu) e levada ao HMM. O hospital a liberou para registrar o Boletim de Ocorrência e depois retornar. Ela o fez e informou à polícia o local onde o agressor poderia ser encontrado. Os policiais o localizaram e o prenderam.
Números expressivos
Das seis agressões registradas no final de semana, uma foi na última sexta-feira (29), duas no sábado (30) e três no domingo (31). O número é considerado alto para ocorrências dessa tipificação em um único final de semana e é atribuído tanto a conscientização das vítimas, quanto ao pronto atendimento realizado pelas autoridades policiais.
Ocorridos em diversos bairros de Marabá, os casos de violência doméstica contra a mulher possuem alguns pontos em comum: o agressor é atual ou ex companheiro da vítima; as agressões ocorrem dentro da casa do casal (em caso de estarem separados, na residência da mulher); o homem ameaça tirar a vida da mulher, dos filhos e a própria; o sujeito apresenta sinais de embriaguez.
A maior efetividade do atendimento policial, criação da Delegacia Especializada no Atendimento à mulher (DEAM), implementação de plantões noturnos e aos finais de semana nessas delegacias, Patrulhas Maria da Penha e uma maior eficiência das forças policiais e das outras instituições voltadas à proteção à mulher, trazem consequentemente um maior conforto e uma maior segurança para que as vítimas denunciem seus agressores.
“Esse alto número de prisões reflete uma conscientização dessas vítimas, que não mais se calam”, afirmou Vinicius Cardoso, delegado e superintendente de Polícia Civil. (Luciana Araújo e Thays Araujo)