Após o lançamento de “Pacto Brutal”, documentário da HBO Max que aborda o assassinato da atriz Daniella Perez, o condenado pelo crime, Guilherme de Pádua, usou seu canal no YouTube para falar sobre a produção. O ex-ator afirmou que soube do documentário de surpresa pela imprensa e não foi procurado para dar seu depoimento.
Daniella tinha 22 anos e estava no auge da carreira como atriz quando foi assassinada, em 1992, pelo colega de trabalho e sua então esposa, Paula Thomaz. A produção audiovisual explora as investigações e materiais de arquivo, além de trazer depoimentos de Gloria Perez (mãe da vítima), Raul Gazolla (viúvo de Danielle) e os atores Fábio Assunção e Cláudia Raia.
Em um vídeo de 4 minutos e 8 segundos, Pádua falou sobre o documentário e rebateu os comentários de que havia saído das redes sociais por conta da produção. “Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado. Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado”, declarou.
Leia mais:“Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, naquele tempo, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso. As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E as redes sociais são úteis para isso”, disse.
Pádua e Paula foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe. A pena dele foi de 19 anos em regime fechado, e a dela de 15 anos. No entanto, o ex-ator foi solto em 1999, cumprindo apenas um terço da pena. Atualmente, ele é pastor evangélico em Belo Horizonte.
Guto Barra, diretor do projeto ao lado de Tatiana Issa, explicou ao site Notícias da TV o motivo pelo qual a dupla não realizou entrevistas com os condenados. “A decisão de não falar com o Guilherme veio da gente como documentaristas. A gente achou que, ao longo dos anos, eles já tiveram muitas plataformas na mídia para falar as versões deles. Versões que, quando chegaram no julgamento, eles não conseguiram provar. A gente achou que não deveria dar essa plataforma pra ele nesse momento. Já a Gloria não tinha tido chance de contar essa historia de maneira completa”, afirmou.
(Fonte: O POVO)