Walyson Leite da Silva, de 14 anos, morreu por volta das 6 horas deste domingo (24), no Hospital Municipal de Parauapebas, após ser baleado na cabeça enquanto comemorava com a família o título do flamengo na Libertadores, na noite de sábado (23).
O crime aconteceu em frente de um bar na esquina da Rua E e com a 10, no Bairro Cidade Nova.
Leia mais:O suspeito de ser o autor dos disparos é o Guarda Municipal Teixeira, que está preso na 20° Seccional Urbana de Polícia Civil. De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas no local do crime apontaram o GM Teixeira como responsável pelos tiros.
Ele estava de folga e a motivação do crime, segundo relatos, começou quando ele teria “cortejado” uma mulher que estava acompanhada. Em decorrência disso ocorreu uma discussão e em meio à confusão o guarda teria sacado a arma e efetuado os disparos, vitimando Walyson
A reportagem do Portal Correio de Carajás procurou o GM Teixeira nesta manhã, na delegacia, para ouvir a versão, mas ele se recusou a falar.
O guarda, após os disparos, saiu do local e foi para casa, deixando as pessoas que estavam no local revoltadas. Elas chegaram a jogar objetos nele.
O coordenador da GM, Deivison Rodrigues, conversou com a reportagem hoje pela manhã e contou que soube do ocorrido através de áudios de grupos no whatssap.
“Os áudios que chegaram de um rapaz que estava perto falam que teve uma discussão entre três rapazes com ele (GM Teixeira) e que eles partiram para cima dele. Aí aconteceu essa tragédia”.
O coordenador destaca que espera a conclusão das investigações da PC para confirmar a autoria dos disparos, pois, ainda segundo informações recebidas por ele, foi informado que “houve duas brigas, uma em frente ao CDC e outra em frente ao Armazém Paraíba, como o som estava muito alto então a gente não sabe de onde partiu o tiro”, disse.
Ele também lamentou a morte da vítima. “Queria deixar aqui meus pesares à família da criança pelo que aconteceu, a gente lamenta muito, jamais a gente queria que uma coisa dessa acontecesse, ainda mais com uma criança”, lamenta Davison.
O coordenador disse ainda que o suspeito é pessoa tranquila “Ele (o Guarda) é um rapaz quieto, nunca teve problema com ele de nada na Guarda, muito pelo contrário, ele até dá conselho para todo mundo quando alguém faz alguma coisa errada. Uma pessoa que sempre procurou apoiar a Guarda em todas as coisas que são corretas, a gente fica muito triste em saber que com uma pessoa que tem a personalidade dele, o caráter dele, aconteceu uma situação dessas”.
A Prefeitura Municipal de Parauapebas emitiu nota sobre o caso, segue na íntegra:
“A Prefeitura de Parauapebas vem a público externar o mais profundo pesar pelo falecimento do jovem Walison Leite da Silva, de 14 anos, na manhã deste domingo (24).
Após ser baleado, o garoto foi levado por uma equipe do SAMU ao Hospital Geral de Parauapebas (HGP), apresentando estado de saúde bastante delicado. Ele recebeu todo atendimento necessário, e mesmo assim, devido à gravidade do quadro clínico, o jovem não resistiu e veio a óbito na manhã de hoje. O corpo encaminhado ao IML e liberado para a família ainda pela manhã.
O garoto foi atingido por um tiro disparado pelo guarda municipal Genialdo Araújo Teixeira, que não estava trabalhando no momento do ocorrido. O servidor foi preso pela Polícia Civil. A Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi) deixa claro que a Prefeitura de Parauapebas não deu autorização para porte de arma de fogo aos Guardas Municipais, no horário de serviço ou fora dele. A Guarda Municipal de Parauapebas não possui arma letal, por tanto a arma usada pelo servidor não é de propriedade da corporação.
A Corregedoria da Guarda Municipal de Parauapebas informou que está tomando todos os procedimentos cabíveis e que o servidor responderá um processo administrativo e que, se for confirmada a responsabilidade pela morte do adolescente, deverá ser expulso do quadro de servidores da prefeitura”.
Na tarde deste domingo, os advogados que representam o agente emitiram posicionamento sobre o caso:
(Ronaldo Modesto e Theíza Cristhine)