Correio de Carajás

Grupo de mulheres discute combate à violência em Marabá

Vinte mulheres engajadas com a luta contra a violência participaram, na tarde de terça-feira (24), de uma roda de conversa sobre a legislação em vigor para recordar o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher (25 de novembro) no Bairro Laranjeiras. O encontro foi organizado pelo grupo “Mulher Conte Comigo”, que foi criado no WhatsApp no início da pandemia como forma de manter o ritmo do trabalho desempenhado pelo Grupo de Mulheres Arco-Íris da Justiça há 16 anos na comunidade.

O tema do diálogo, que consta no calendário de 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, era “Violência Contra a Mulher e a Legislação Brasileira”. Como palestrante, estava a advogada Cláudia Vieira. Na oportunidade, ela elucidou dúvidas das mulheres presentes. Na mediação do encontro, a professora Alice Margarida Negreiros. Integrantes do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (Comdim) compareceram ao debate.

De acordo com Cláudia Araújo, presidente do Comdim, o foco central dos 16 dias de ativismo é mobilizar os atores sociais no enfrentamento à violência de gênero. “Diversas entidades estão unidas na promoção dos 16 dias de ativismo em Marabá. Já tivemos lives, panfletagem e outras ações. A programação encerra no dia 11 de dezembro na Praça São Francisco”, convida ela.

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A professora Margarida Negreiros foi a mediadora do encontro com as mulheres. Para ela, a atividade tem caráter pedagógico, visto que oferece elementos de informação necessários para a luta contra a violência. “Nós chegamos ao deprimente estágio de ter notícia de violência contra a mulher em toda edição de jornal. Como alguém tem coragem de violentar uma mãe ou uma avó? Não silenciaremos diante da violência”, garante a educadora.

A educadora Margarida Negreiros foi quem mediou o encontro de mulheres

Rosalina Izoton, presidente do Arco-Íris da Justiça, revela que cotidianamente recebe telefonemas de mulheres vítimas de algum tipo de violência. Diante do contexto problemático, a ativista observa a necessidade de intervenção do Estado. “As mulheres de Marabá pedem socorro. Nós queremos que a Delegacia da Mulher atenda qualquer tipo de violência. Queremos também uma delegada que seja mais aberta ao diálogo com as mulheres”, reclama.

Atuante no combate à violência de gênero, Rosalina Isoton reclama de delegada

Um evento público promovido por entidades de defesa da mulher aconteceu na noite de ontem (25) na Câmara Municipal de Marabá. Uma live transmitida pela Diocese de Marabá reuniu conselheiras da mulher, uma educadora do campo, a diretora do Disque-Denúncia do Sudeste do Pará e representantes da Pastoral da Criança e do Conselho Indigenista na abordagem de formas de violência e diversidade cultural.