“Gritos do Silêncio” é uma exposição fotográfica idealizada pela artista visual Lara Borges, com fotografias de Núbia Suriane, que vai estar exposta por um mês no Museu Municipal Francisco Coelho. A exposição fica pronta nesta terça-feira (19) e estará disponível para visitação na quarta-feira (20), permanecendo até o dia 31 de outubro.
Em entrevista para o Correio de Carajás, a idealizadora do projeto, Lara Borges, fala mais sobre como está sendo esse processo e quais os objetivos que almeja alcançar com as fotografias.
Leia mais:Ela explica que a instalação tem como principal objetivo retratar os tipos de violência que várias mulheres sofrem ou já sofreram na vida. Mas de uma forma mais visceral, como a própria idealizadora diz: “A exposição choca um pouco, porque são fotos que mostram a violência de forma que ela é, feia, dolorida, impactante”.
E continua dizendo que: “Esse projeto tem como causar essa conscientização na sociedade de modo geral, porque a pessoa fala muito e deixa por isso mesmo e as fotos ela deixa aquele impacto, quando a pessoa ver a foto ela já fica impactada e vai ter uma reflexão sobre isso”.
A exposição não vai ficar só no museu. Lara relata que pretende adentrar outros espaços como escolas e conscientizar os jovens: “É importante levar isso para as escolas, a exposição itinerante vai estar dentro das escolas, porque é um lugar muito importante para se falar, pois ali estão os nossos jovens, meninas que estão começando uma vida sexual, familiar e é importante e a exposição ela tem esse teor educativo”.
O projeto “Gritos do Silêncio” conta com sete etapas, como explica a artista visual: “A primeira é a realização da exposição das fotos/plotagem em espaços públicos daqui de Marabá e a outra etapa vai ser da forma itinerante, onde vai ser realizada em escolas, associações, nas praças nas zonas rurais onde formos convidadas, para falar da violência sofrida pelas mulheres, da lei Maria da Penha contando com convidados especializados no assunto da violência e defesa da mulher”
A próxima etapa deverá, ainda, abordar a violência doméstica, com o nome de “filhos do Feminicídio”, que seria mostrado como essa tragédia afeta famílias. (Henrique Garcia)