Acompanhar o filho, em estado crítico na UTI, não foi motivo suficiente para que Crystal Reynolds Fischer fosse dispensada do trabalho. Pelo contrário, ao avisar à chefe que não poderia retornar ao emprego até que o jovem deixasse os aparelhos de suporte de vida, a norte-americana foi surpreendida com uma mensagem dizendo: “não tolero drama”.
Em seu perfil no Facebook, Crystal compartilhou as mensagens trocadas com a gerente do posto de gasolina em que trabalha como vendedora da loja de conveniência, em Albion, nos Estados Unidos. A publicação, com mais de 100 mil compartilhamentos, detalha o teor da conversa entre as duas. Após o ocorrido, a chefe foi demitida pela empresa.
“Não há razão para você não poder trabalhar”
Tudo começou quando Jason, de 18 anos, passou mal com dor e febre alta e foi levado às pressas para o hospital pela mãe. Na unidade de saúde, o jovem recebeu o diagnóstico de sepse e foi encaminhado direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Diante da situação, Crystal decidiu ficar ao lado do adolescente, pelo menos até que estivesse melhor e com o quadro sob controle.
Ao comunicar à chefe que ficaria com Jason, a mãe recebeu uma resposta que estava longe de demonstrar qualquer empatia. “Não é assim que fazemos as coisas, então entenderei que você está se demitindo”, dizia o texto. As mensagens continuavam: “Se você não pode vir trabalhar, você está se demitindo. Não há razão para você não poder trabalhar e não vou tolerar drama”.
Crystal, por sua vez, questionou: “Esta não é uma consulta oftalmológica ou dentária, é da vida do meu filho que estamos falando. Você seria capaz de trabalhar e funcionar bem se seu filho estivesse em um respirador?”.
A gerente respondeu que conseguiria sim e que ainda tinha contas a pagar. “Não podemos ir e vir quando quisermos aqui na Folk Oil. Tenho uma loja para administrar e esse é o meu foco”, destacou a profissional, que foi demitida assim que as mensagens viralizaram.
Empatia
Em um comunicado, divulgado pelo portal The Mirror, a empresa informou ter tomado conhecimento da situação, que não achava aquilo aceitável, que tudo seria investigado e que se solidarizava com Crystal.
“Investigamos e descobrimos que a situação foi tratada de forma inadequada e sem a compaixão que valorizamos como empresa. A gerente não é mais funcionária da PS Food Mart. Também reafirmamos à nossa funcionária que ela poderá tirar todo o tempo de folga que precisar durante este período difícil”.
(Fonte: Metrópoles)