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Gastos extras no início do ano? Confira as dicas para contorná-los

Gastos extras no início do ano? Confira as dicas para contorná-los

“Janeiro é um mês difícil, vem muitas contas, a gente tem matrícula de escola, material escolar, IPTU, então eu tento me programar a partir de outubro, fazendo planejamento para 2020, usando o 13° (Salário)”, detalha o analista financeiro Danilo Pereira sobre como lidar com a cobrança das várias contas que aparecem no início do ano, como os impostos anuais, compromissos escolares e a renovação de seguro.

Danilo garante que prioriza sempre pagar primeiro as contas “mais pesadas”. “As menos urgentes eu deixo para o final do orçamento. Quando é possível parcelar eu sempre faço para não pesar muito”, conta.    

Danilo Pereira: “Janeiro é um mês difícil, vem muitas contas”

O economista Marcos Antônio ressalta a importância do planejamento financeiro, a fim de evitar empréstimos ou parcelamentos, que vão encolher o rendimento mensal durante todo o ano. “Se não fizer um planejamento financeiro, já vamos começar janeiro com uma dificuldade muito grande para fazer frente a essas despesas”, observa.

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O economista explica que o primeiro passo é listar as contas e definir a forma de pagamento. “IPTU, IPVA, escola, as contas do dia a dia da casa, o aluguel, o supermercado, água, energia, telefone. Se não poupou, não guardou, como pagar? Vamos usar o cartão de crédito? Será que é a melhor saída para o pagamento das contas? Tem que ver o valor que tem disponível na conta. Se for pagar algo a prazo tem que tentar negociar juros, parcelar com uma condição que caiba no orçamento”, ensina.

Um dos indicadores para o endividamento do brasileiro, segundo o economista, é não manter a vida de acordo com o orçamento existente. “Acaba sendo cultural, as pessoas criam a expectativa, ou seja, de viver uma situação que às vezes não é a real, conta com a comissão da venda que não fez, com um milagre que vai acontecer e esquecem de se planejar com o orçamento que tem”, diz.  

Sobre o cartão de crédito, o especialista alerta, ser sempre um perigo. “O cartão de crédito é um vilão por si só, olha a taxa de juros dele. Se você não paga uma parcela, ou paga parcialmente ela vem carregada de juros no outro mês.  Três meses que você não pague a tarifa mínima, você já construiu um débito que dificilmente encerra 2020 com ele quitado”, alerta Marcos.

Marcos também reconhece que para o trabalhador que não tem um bom salário fica difícil a fazer frente a essas despesas. “Mas uma frase que uso muito é: quanto mais eu trabalho mais sorte eu tenho”, finaliza. (Theíza Cristhine e Natalia Brito)