Correio de Carajás

Garimpeiros voltam a fechar passagem para o Salobo

Manifestantes estenderam uma faixa e atearam fogo na pista de rolamento/ Fotos: Ronaldo Modesto

Já é a quarta manifestação de garimpeiros e familiares depois que Jesiael da Silva Lucena, de 26 anos, foi morto pela Polícia Militar no dia 13 de julho desse ano, em uma operação de combate ao garimpo ilegal na região da Vila Paulo Fonteles, zona rural de Parauapebas, na mata do Rio Azul.

O objetivo do protesto iniciado por volta das 14h de hoje (2) é chamar a atenção tanto da Vale, quanto das autoridades paraenses. A entrada para o Salobo – localizada na Vila Santa Cruz, a 30 quilômetros de Parauapebas – é um ponto estratégico, pois trata-se de uma importante área de mineração para a empresa.

Caminhões com destino ao Salobo foram impedidos de passar no local

Segundo Josias Nunes Lucena, pai da vítima, a empresa não tem respondido dado respostas aos familiares, que buscam por um responsável pelo assassinato de Jesiael. O irmão Joadson da Silva Lucena, em entrevista, afirmou que o protesto é realizado por moradores das vilas Paulo Fonteles e Sansão.

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O intuito, segundo ele, é de obter informações legais e a justificativa da Corregedoria da Polícia Militar sobre o caso de homicídio do homem que morreu enquanto – de acordo com a família – trabalhava junto do irmão e outros quatro companheiros.

Ele segue afirmando que a denúncia repassada pela Polícia Militar naquele momento foi fraudulenta. A denúncia indicava que os membros daquele grupo eram faccionados e estavam armados – ameaçando a segurança patrimonial. Eles negam essas acusações.

O protesto tem objetivo de seguir até as 10h da próxima segunda-feira (5). Cabe ressaltar que a última manifestação ocorreu no dia 9 de agosto, e há uma decisão judicial que veda novas manifestações. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)