Correio de Carajás

Funcionários de fazenda são presos por posse ilegal de arma de fogo

A princípio a ação investigava uma denúncia de trabalho escravo, que foi descartada no local

O flagrante aconteceu em uma fazenda distante 35 quilômetros do centro de Medicilândia/ Foto: Divulgação

Uma denúncia de trabalho escravo resultou em duas prisões por posse ilegal de arma de fogo. A ocorrência foi registrada no município de Medicilândia, sudoeste paraense. Na ação foram apreendidas espingardas calibre 12 e calibre 28 e contou com a participação do Ministério Público Federal (MPF) Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O flagrante ocorreu na última terça-feira (17), durante uma diligência para apurar uma denúncia de trabalho escravo recebida na segunda-feira (16), pelo MPF de Altamira. Uma pessoa alegou ter sido vítima de trabalho escravo em uma fazenda a 35 quilômetros do centro de Medicilândia, de onde teria saído com muita dificuldade. Os relatos eram de restrição da liberdade, dívidas impostas pelo empregador, jornada de trabalho extensa e falta de equipamentos de proteção individual.

Para dar apoio investigativo e operacional, o MPF acionou a PF e também a PRF. No local – que possui criação de três mil cabeças de gado – não foram confirmadas as denúncias de trabalho escravo. Apesar disso, alguns trabalhadores que estavam no local manifestaram o desejo de deixar a fazenda e receber os seus dias trabalhados. A PF intermediou o contato com o administrador das terras, que estava em Medicilândia, e informou a ele essa situação. Ele prontamente aceitou a solicitação.

Leia mais:

Durante a fiscalização, duas armas de fogo foram encontradas pela PRF, em posse de dois funcionários da fazenda, que receberam voz de prisão imediatamente. Por não se tratar de crime federal, a PRF apresentou os presos e as armas na Delegacia de Polícia Civil de Medicilândia.

O administrador da fazenda foi orientado a comparecer à Delegacia da Polícia Civil para dar assistência aos seus funcionários e acabou pagando a fiança deles, que responderão a processo em liberdade. (Luciana Araújo, com informações da Ascom/PF)