A Agropalma, maior produtora de óleo de dendê do país, ocupa 106 mil hectares de terras entre os municípios do Acará e Tailândia. O problema é que os documentos dessas áreas obtidos pela empresa são fraudulentos e se baseiam em registros já cancelados por ordem do Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Chegou-se ao cúmulo de produzir fraude em cima de fraude. Até o Iterpa entrou no rolo e o Incra já disse que os registros são fraudulentos. A Polícia Federal investiga o caso.
Aguenta, coração
Leia mais:O poder seduz, é pior do que droga, mas também faz seus estragos. Veja a situação do governador Simão Jatene, coleciona cinco stents no coração. Ele está de alta médica, reassumirá o governo, e recebeu recomendações do cardiologista que o tratou em São Paulo para evitar muito trabalho e estresse. É a tal coisa: se o governo já andava meio devagar, imagine agora, que Jatene não pode se submeter a fortes emoções. O Pará vai parar?
Tensão na porteira
A pressão da panela fundiária, que já havia subido antes das mortes de 10 pessoas na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no final de abril passado, aumentou ainda mais depois do ocorrido. Enquanto a polícia conclui as perícias e a investigação sobre o caso, a tensão se espalha por municípios do sul e do sudeste paraense onde é maior o poder de mobilização dos movimentos ligados à luta pela terra. Nada diferente de outras épocas. Ou seja, na região a paz ainda é uma aspiração distante.
Ficção agrária
Em Marabá, Redenção, Rio Maria, Xinguara, Curionópolis e Canaã dos Carajás, por exemplo, a estratégia de fechar estradas, organizada pelo MST, Fetraf e outras entidades de trabalhadores rurais, acende o sinal de alerta em direção ao Incra. A cobrança é de regularização de assentamentos e desapropriação de áreas já invadidas. Os fazendeiros também se mobilizam para evitar novas invasões. E a reforma agrária, no Pará, continua o que sempre foi: uma dolorosa quimera.
Maria da Penha
A Defensoria Pública conseguiu que um transexual fosse enquadrado como mulher vítima de violência doméstica e protegida pela Lei Maria da Penha. A decisão das Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça é inédita no Pará e um dos primeiros casos no Brasil. A vitima é um homem que se sente mulher psicologicamente. O agressor foi preso em flagrante, mas já está solto. Ano passado, o Pará registrou 55 casos de agressões da população LGBT. Nos primeiros cinco meses de 2017 já ocorreram 23 casos.
Saúde em Pebas
Gilberto Valente, chefe do Ministério Público, matou no peito a bola de uma ação judicial contra a prefeitura de Parauapebas, acusando-a de “repetidas falhas” na prestação adequada de serviços públicos de saúde. Apesar de ter 25 unidades de saúde, entre postos, UPA e dois hospitais, faltam medicamentos, o setor de hemodiálise anda mal, assim como as UTIs. Valente quer que a prefeitura seja afastada da gestão da saúde municipal e que o governo do Estado assuma os serviços. O prefeito Darci Lermen deve uma resposta ao procurador-geral. Ou Valente talvez aposte no quanto pior, melhor, ao pretender entregar a saúde de Pebas ao anêmico governo de Jatene.
___________________________BASTIDORES_____________________
* A Noruega, país que botou o governo de Michel Temer contra a parede, ameaçando cancelar ajuda de R$ 1 bihão para ações de combate ao desmatamento na Amazônia, tem um enorme calo mal curado no Pará.
* O calo tem nome: Norsk Hydro, que degradou terras e rios de Barcarena e que já levou para o município até seus patrícios noruegueses da banda de rock A-Ha para distrair a moçada da região na bronca com a empresa.
* O veto de Temer, aliás, à redução das floresta nacional do Jamanxim, entre Itaituba e Novo Progresso, pegou mal para os empresários chineses que andavam assanhados para construir a ferrovia que levaria soja do Mato Grosso até Miritituba.
* O ex-deputado Vilson Schuber, que defendia a construção da ferrovia, diz que a decisão de Temer representa um “balde de água fria” na aspiração de desenvolvimento daquele região paraense.
* A segurança pública anda literalmente pela hora da morte neste Estado. Além do cidadão comum, que vive assustado, nem o coronel Rosinaldo Conceição, chefe do Sistema Penal, escapou dos bandidos.
A Agropalma, maior produtora de óleo de dendê do país, ocupa 106 mil hectares de terras entre os municípios do Acará e Tailândia. O problema é que os documentos dessas áreas obtidos pela empresa são fraudulentos e se baseiam em registros já cancelados por ordem do Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Chegou-se ao cúmulo de produzir fraude em cima de fraude. Até o Iterpa entrou no rolo e o Incra já disse que os registros são fraudulentos. A Polícia Federal investiga o caso.
Aguenta, coração
O poder seduz, é pior do que droga, mas também faz seus estragos. Veja a situação do governador Simão Jatene, coleciona cinco stents no coração. Ele está de alta médica, reassumirá o governo, e recebeu recomendações do cardiologista que o tratou em São Paulo para evitar muito trabalho e estresse. É a tal coisa: se o governo já andava meio devagar, imagine agora, que Jatene não pode se submeter a fortes emoções. O Pará vai parar?
Tensão na porteira
A pressão da panela fundiária, que já havia subido antes das mortes de 10 pessoas na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no final de abril passado, aumentou ainda mais depois do ocorrido. Enquanto a polícia conclui as perícias e a investigação sobre o caso, a tensão se espalha por municípios do sul e do sudeste paraense onde é maior o poder de mobilização dos movimentos ligados à luta pela terra. Nada diferente de outras épocas. Ou seja, na região a paz ainda é uma aspiração distante.
Ficção agrária
Em Marabá, Redenção, Rio Maria, Xinguara, Curionópolis e Canaã dos Carajás, por exemplo, a estratégia de fechar estradas, organizada pelo MST, Fetraf e outras entidades de trabalhadores rurais, acende o sinal de alerta em direção ao Incra. A cobrança é de regularização de assentamentos e desapropriação de áreas já invadidas. Os fazendeiros também se mobilizam para evitar novas invasões. E a reforma agrária, no Pará, continua o que sempre foi: uma dolorosa quimera.
Maria da Penha
A Defensoria Pública conseguiu que um transexual fosse enquadrado como mulher vítima de violência doméstica e protegida pela Lei Maria da Penha. A decisão das Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça é inédita no Pará e um dos primeiros casos no Brasil. A vitima é um homem que se sente mulher psicologicamente. O agressor foi preso em flagrante, mas já está solto. Ano passado, o Pará registrou 55 casos de agressões da população LGBT. Nos primeiros cinco meses de 2017 já ocorreram 23 casos.
Saúde em Pebas
Gilberto Valente, chefe do Ministério Público, matou no peito a bola de uma ação judicial contra a prefeitura de Parauapebas, acusando-a de “repetidas falhas” na prestação adequada de serviços públicos de saúde. Apesar de ter 25 unidades de saúde, entre postos, UPA e dois hospitais, faltam medicamentos, o setor de hemodiálise anda mal, assim como as UTIs. Valente quer que a prefeitura seja afastada da gestão da saúde municipal e que o governo do Estado assuma os serviços. O prefeito Darci Lermen deve uma resposta ao procurador-geral. Ou Valente talvez aposte no quanto pior, melhor, ao pretender entregar a saúde de Pebas ao anêmico governo de Jatene.
___________________________BASTIDORES_____________________
* A Noruega, país que botou o governo de Michel Temer contra a parede, ameaçando cancelar ajuda de R$ 1 bihão para ações de combate ao desmatamento na Amazônia, tem um enorme calo mal curado no Pará.
* O calo tem nome: Norsk Hydro, que degradou terras e rios de Barcarena e que já levou para o município até seus patrícios noruegueses da banda de rock A-Ha para distrair a moçada da região na bronca com a empresa.
* O veto de Temer, aliás, à redução das floresta nacional do Jamanxim, entre Itaituba e Novo Progresso, pegou mal para os empresários chineses que andavam assanhados para construir a ferrovia que levaria soja do Mato Grosso até Miritituba.
* O ex-deputado Vilson Schuber, que defendia a construção da ferrovia, diz que a decisão de Temer representa um “balde de água fria” na aspiração de desenvolvimento daquele região paraense.
* A segurança pública anda literalmente pela hora da morte neste Estado. Além do cidadão comum, que vive assustado, nem o coronel Rosinaldo Conceição, chefe do Sistema Penal, escapou dos bandidos.