Correio de Carajás

Formatura militar marca o cinquentenário do 52º BIS

Unidade militar mais antiga e importante da Brigada tem importância estratégica no Comando Militar do Norte

O comandante do batalhão e os três generais que prestigiaram a solenidade/ Fotos: Josseli Carvalho

Principal unidade militar da 23ª Brigada, o 52º Batalhão de Infantaria de Selva teve seus 50 anos de fundação comemorados na noite de 3 de fevereiro, em Marabá, em solenidade com a presença do comandante militar do Norte, general-de-Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves. Além dele estava na comitiva o comandante da 8ª Região Militar, general-de-Divisão Alcio Alves Almeida e Costa. Os anfitriões eram o general-de-Brigada Maurício de Souza Bezerra, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, e comandante da unidade, Ten. Cel. Alexandre Grangeiro de Lima.

Maior autoridade militar presente, membro do Alto-Comando, o general Costa Neves destacou que o 52 BIS tem um vínculo muito importante com a cidade de Marabá e com o Pará. “É uma honra estar aqui hoje, nesta comemoração. É uma unidade que tem atuado firmemente na proteção e na defesa da Amazônia oriental. O batalhão tem uma linda história construída e orgulha o Exército brasileiro”, disse o comandante do Norte, repetindo várias vezes o termo “competência” para se referir ao Pioneiro da Transamazônica.

Formatura com desfile da tropa marcou a noite

ESTRUTURA

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O 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52.º BIS) é uma unidade do Exército Brasileiro localizada em Marabá. É subordinada à 23ª Brigada de Infantaria de Selva. Possui a denominação histórica de “Batalhão Capitão-Mor Francisco Caldeira Castelo Branco”.

É um batalhão de 1ª linha, de tipo III, sendo constituído por uma Companhia de Comando e Apoio, e três Companhias de Infantaria de Selva, além do Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva (NPOR).

Está situado na reserva de selva de preparo militar na Nova Marabá, à margem da Rodovia Transamazônica, a cerca de 9 km do centro da cidade. Está assentado em um grande conjunto arquitetônico, constituído por pavilhões de linhas arrojadas, onde destacam-se o pavilhão de comando, os pavilhões das companhias de fuzileiros, da Companhia de Comando e Apoio, da Base Administrativa e do Pelotão de Saúde.

52º BIS é o maior contingente de tropa para pronto emprego

HISTÓRICO

No dia 31 de janeiro de 1973, chegava a Marabá, por via aérea, um pelotão da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Infantaria de Selva, sediado na cidade de Belém, caracterizando, efetivamente, a criação do 52º BIS. Em junho do mesmo ano, chegaram a Marabá os outros dois pelotões.

Assim, em portaria ministerial reservada nº 022, de 10 julho de 1973, foi a 3ª Cia. do 2º BIS transformada em 1ª Cia. do 52º BIS. Nesse período, tanto a incorporação do ano de 1974, destinada à 1ª/52º BIS, quanto a de 1975, já para o 52º BIS, foram realizadas com jovens recrutas da região de Marabá.

Desde 2003 porta a insígnia da Ordem do Mérito Militar, concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Através da portaria nº 205 de 4 de abril de 2005, o comandante do Exército concedeu a denominação histórica “Batalhão Capitão-Mor Caldeira Castelo Branco”, o estandarte e o distintivo históricos. Na relembrança do capitão-mor Francisco Caldeira Castelo Branco, fundador, em 1616, do Forte do Presépio, a primeira fortificação militar da Amazônia e que deu origem à cidade de Belém, pelo que este militar recebeu o epíteto de “descobridor e primeiro conquistador da Amazônia”.[4]

CARACTERÍSTICAS E FINALIDADE

O 52º BIS é uma unidade de selva, para preparação diuturna de seus quadros e na formação de reservistas aptos a atuar no ambiente de selva. Também executa ações subsidiárias e colabora com os órgãos de segurança pública na pacificação da área conhecida como “Bico do Papagaio”, participando de operações de desarmamento, por meio do estabelecimento de postos de bloqueio e controle de estradas e, subsidiariamente, na assistência às populações carentes.

A área de abrangência do 52º BIS possui empreendimentos de alta sensibilidade econômica, como o complexo mineral da Serra dos Carajás, a Usina Hidrelétrica de Tucuruí e a Estrada de Ferro Carajás. (Da Redação)