Correio de Carajás

Força de Apoio à Defesa Civil participa de preparação para desastres em Marabá

Com o objetivo de integrar as organizações militares com as agências civis que fazem parte do Sistema de Defesa Civil, entre os dias 8 e 12 de novembro acontece o Exercício de Adestramento da Força de Apoio à Defesa Civil, em Marabá.

A ação consiste em verificar e preparar as equipes para que fiquem em estado de prontidão para o enfrentamento de uma situação de desastre ou calamidade.

O Correio de Carajás esteve na manhã desta segunda-feira (8) na 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá, para acompanhar o primeiro dia de atividades.

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O chefe do Estado Maior do Comando Militar Norte, General de Brigada Jorge Luiz de Abreu O´de Almeida Filho, participou da abertura do evento e falou com a reportagem sobre a importância de se organizar antecipadamente. “Na hora da calamidade e do desespero não é para estar organizando as coisas. Se nós partirmos já com uma organização prévia, facilita muito o socorro dos necessitados”.

“Na hora da calamidade e do desespero não é para estar organizando as coisas”, diz general O´de Almeida – Foto: Evangelista Rocha

De acordo com o general, é importante que se esteja preparado para uma catástrofe, exemplificando os casos da região, como incêndios florestais e enchentes. “A gente tenta fazer uma simulação genérica, que se preste a qualquer situação”, explica.

Contando com a participação de diversas agências de defesa civil, O´de Almeida ressalta que cada órgão trabalha dentro de sua especialidade. Para ele, é importante manter o bom relacionamento com os órgãos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, entre outros.

“Nenhum órgão tem interesse de entrar na área de atuação do outro. No entanto, quando nos juntamos existe uma complementação das capacidades. O Exército ajuda em uma coisa, a Polícia Federal ajuda em outra, o Corpo de Bombeiros tem uma expertise fantástica em resgate de vítimas. Então, essa união gera nossa força maior”.

Foto: Ascom/Exército

Questionado sobre o número de pessoas envolvidas, o general afirma que esse número pode aumentar ou diminuir de acordo com as necessidades. Mas, de antemão, cerca de 600 homens – incluindo todas as agências – estão prontos para uma ação imediata.

A equipe do Correio de Carajás também conversou com o major Felipe Galúcio de Souza, comandante do 5º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM).

Com o papel de orientar o exercício auxiliando na instrução, Galúcio explica que durante a semana serão feitas atividades simuladas e instruções de como proceder em um desastre.

“Vamos atuar com algumas instruções, como de possíveis enchentes”, adianta o major Felipe Galúcio – Foto: Evangelista Rocha

“O Corpo de Bombeiros do Estado é coordenador da Defesa Civil. Então vamos atuar com algumas instruções, como de possíveis enchentes que, inclusive, é o ato de estudo dessa ação”.

Durante o encontro, que vai perdurar ao longo da semana, serão verificadas possíveis potencialidades e recursos de cada órgão, para que se consiga, em conjunto, oferecer algo melhor para a população.

“Não se faz Defesa Civil sozinho. Por definição, o órgão é um articulador dos diversos recursos que o poder público e as entidades particulares podem ofertar no atendimento do desastre”, finaliza. (Ana Mangas)