Correio de Carajás

Feira da Getúlio Vargas será repaginada, mas avenida ficará bem estreita

Vendedores da tradicional Feira da Velha Marabá, que por cerca de 30 anos ocupou as duas vias entre a Avenida Getúlio Vargas e 5 de Abril, ganharam uma boa notícia na noite desta terça-feira, 7. Eles tinham sido retirados do local há poucos meses pelo Departamento de Postura da Prefeitura e deslocados para a Praça Duque de Caxias.

Nesta quinta-feira, a Câmara recebeu representantes da Prefeitura para apresentar, em conjunto, o projeto arquitetônico para abrigar os feirantes. Pela Prefeitura, participaram o superintendente de Desenvolvimento Urbano, Mancipor Lopes, além do arquiteto Honório Ayres. Estiveram presentes também os vereadores Pedro Corrêa, Gilson Dias, Cabo Rodrigo, Ilker Moraes, Nonato Dourado, Mariozan Quintão, Cristina Mutran, Marcelo Alves e Alecio Stringari.

Conduzindo a reunião, o vereador Nonato Dourado convidou o arquiteto Honório Ayres para apresentar o projeto. Ele observou que de todos os locais avaliados, os técnicos da Prefeitura definiram que a feira ocupará 230 metros de extensão entre as duas pistas da Avenida Getúlio Vargas, entre a Avenida Antônio Maia e a Rua 7 de Junho.

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Como a feira vai ficar com 14 metros de largura, as duas vias da avenida serão comprimidas e veículos não poderão mais estacionar naquele perímetro. O espaço terá lugar para abrigar 72 boxes de feirantes, cada um com oito metros de largura. A pavimentação e cobertura dos boxes serão feitas com granilite e haverá guarda-corpos em pilar de concreto e tubos galvanizados. Também será colocada rampa de acesso para cadeirantes, segundo informou o arquiteto aos vereadores e feirantes.

Depois de ouvir a exposição de Honório, os feirantes elogiaram a localização, mas pediram que seja incluído no projeto banheiros, estrutura para permanência do material no local, pontos de água para manipuladores de alimentos e iluminação interna. Também pediram a garantia de que vão ficar na Praça Duque de Caxias até a conclusão da obra.

O vereador Ilker Moraes parabenizou os feirantes pela insistência e disse que aquisição de outras áreas não foi possível, mas o plano do governo foi uma boa saída. Ele acha que a construção de banheiro será possível e reconheceu que é preciso ter estrutura para guardar o material, porque volume de um feirante é grande para tirar e recolocar todos os dias. “Temos de pensar na segurança do material e as coisas precisam ser dialogadas. Não queremos fazer terrorismo, mas achar solução. Ambulante e feirante há em toda cidade e o governo precisa dialogar com os trabalhadores, o que está acontecendo aqui”.

Em relação aos manipuladores de alimentos, Moraes disse que é preciso pensar como eles vão utilizar água para suas necessidades de limpeza, o que não está previsto no projeto original.

O vereador Marcelo Alves elogiou a mobilização social e avalia que o avanço mais importante foi permanecer na mesma via. Ele pediu alterações no projeto para atender aos pedidos dos feirantes. “Precisamos pensar na organização do espaço para não se tornar um local para atrair usuários de drogas”.

Mancipor Lopes, superintendente de Desenvolvimento Urbano, elogiou a discussão, porque para ele as partes tiveram de ceder de um lado e do outro. Ele reconhece o suplício dos feirantes, mas disse que o Poder Público está trabalhando para oferecer uma estrutura melhor para eles. “Creio que a proposta é melhor do que imaginávamos. Não tivemos como alugar um imóvel para interesse privado. Outras possibilidades de espaço foram avaliadas, mas o local atual é o único ponto de consenso entre as partes”.

Sobre adaptação dos banheiros, também disse que é possível, agora a manutenção de mercadoria é mais difícil. Avisou que não está preocupado se a obra vai demorar quatro meses ou mais e advertiu que é preciso aprovar na Câmara, primeiro, um projeto de concessão pública dos espaços. “Tanto vocês quanto os que ocupam outras áreas terão direito de preferência, porque já estão no local. Não adianta eu colocar todos os feirantes lá e o Ministério Público entrar com ação popular e conseguir tirar todos”, alertou.

O vereador Alecio Stringari revelou que ainda não tinha convivido com o governo de Tião Miranda. “Sempre ouvi falar que era tudo muito difícil e os questionamentos sempre eram deixados de lado e ele fazia da sua maneira. Mas mudei de opinião. As coisas não são assim. Vereadores intermediaram, viram a necessidade do povo e ninguém se alterou. As conquistas têm de ser feitas desta forma. A representatividade da Câmara foi importante no momento da negociação.          Trabalhamos muito mais fora do Plenário do que dentro dele”, ressaltou.

A vereadora Cristina Mutran lembrou-se da feira que foi construída na entrada da Velha Marabá na década de 1990, mas que não deu certo. Reconheceu que os feirantes tinham de ficar no centro da cidade e elogiou a mudança do projeto da Prefeitura de Marabá. “A localização contempla vocês. Claro, não há muito o que se fazer, mas precisa de algumas adaptações para resolver o problema”.

O vereador Pedro Correa parabenizou os feirantes e mostrou-se feliz pelo projeto e principalmente pela forma ordeira com que eles se posicionaram. Elogiou Mancipor pelas palavras e por alertar pela necessidade de legalidade e a preocupação do Executivo de dar segurança jurídica para regularização do uso do espaço público.

Elogiou o arquiteto Honório Ayres pelo projeto realizado, que já executou muitos outros na cidade. A maioria das grandes obras da cidade passou pelas mãos dele.

Pedrinho lembrou os feirantes de uma frase que o prefeito Tião Miranda falou e que marcou bastante a reunião ocorrida há pouco mais de um mês na Secretaria Municipal de Obras: “Quero dizer que é inegociável o retorno de vocês para aquele local”. O vereador disse que ficou muito preocupado, mas s o prefeito foi sensato e entendeu a necessidade de manter os feirantes no local. “Todos os vereadores foram com ele e ampliaram o diálogo. Quando vi o projeto pela primeira vez, sai de lá feliz e avaliei a importância do Poder Legislativo. A bandeira política foi da Câmara, não de A ou B. Não poderíamos sacrificar as pessoas mais humildes. Felizmente chegamos a este projeto, talvez não seja o ideal, mas será bem melhor do que tínhamos no passado”, disse o presidente.

O vereador Nonato Dourado disse que levaria as demandas dos feirantes para o prefeito Tião Miranda, com solicitação de banheiros, permanência do material no local e iluminação interna, além da certeza de que vão ficar na Praça Duque de Caxias até a conclusão da obra. (Ulisses Pompeu)

Vendedores da tradicional Feira da Velha Marabá, que por cerca de 30 anos ocupou as duas vias entre a Avenida Getúlio Vargas e 5 de Abril, ganharam uma boa notícia na noite desta terça-feira, 7. Eles tinham sido retirados do local há poucos meses pelo Departamento de Postura da Prefeitura e deslocados para a Praça Duque de Caxias.

Nesta quinta-feira, a Câmara recebeu representantes da Prefeitura para apresentar, em conjunto, o projeto arquitetônico para abrigar os feirantes. Pela Prefeitura, participaram o superintendente de Desenvolvimento Urbano, Mancipor Lopes, além do arquiteto Honório Ayres. Estiveram presentes também os vereadores Pedro Corrêa, Gilson Dias, Cabo Rodrigo, Ilker Moraes, Nonato Dourado, Mariozan Quintão, Cristina Mutran, Marcelo Alves e Alecio Stringari.

Conduzindo a reunião, o vereador Nonato Dourado convidou o arquiteto Honório Ayres para apresentar o projeto. Ele observou que de todos os locais avaliados, os técnicos da Prefeitura definiram que a feira ocupará 230 metros de extensão entre as duas pistas da Avenida Getúlio Vargas, entre a Avenida Antônio Maia e a Rua 7 de Junho.

Como a feira vai ficar com 14 metros de largura, as duas vias da avenida serão comprimidas e veículos não poderão mais estacionar naquele perímetro. O espaço terá lugar para abrigar 72 boxes de feirantes, cada um com oito metros de largura. A pavimentação e cobertura dos boxes serão feitas com granilite e haverá guarda-corpos em pilar de concreto e tubos galvanizados. Também será colocada rampa de acesso para cadeirantes, segundo informou o arquiteto aos vereadores e feirantes.

Depois de ouvir a exposição de Honório, os feirantes elogiaram a localização, mas pediram que seja incluído no projeto banheiros, estrutura para permanência do material no local, pontos de água para manipuladores de alimentos e iluminação interna. Também pediram a garantia de que vão ficar na Praça Duque de Caxias até a conclusão da obra.

O vereador Ilker Moraes parabenizou os feirantes pela insistência e disse que aquisição de outras áreas não foi possível, mas o plano do governo foi uma boa saída. Ele acha que a construção de banheiro será possível e reconheceu que é preciso ter estrutura para guardar o material, porque volume de um feirante é grande para tirar e recolocar todos os dias. “Temos de pensar na segurança do material e as coisas precisam ser dialogadas. Não queremos fazer terrorismo, mas achar solução. Ambulante e feirante há em toda cidade e o governo precisa dialogar com os trabalhadores, o que está acontecendo aqui”.

Em relação aos manipuladores de alimentos, Moraes disse que é preciso pensar como eles vão utilizar água para suas necessidades de limpeza, o que não está previsto no projeto original.

O vereador Marcelo Alves elogiou a mobilização social e avalia que o avanço mais importante foi permanecer na mesma via. Ele pediu alterações no projeto para atender aos pedidos dos feirantes. “Precisamos pensar na organização do espaço para não se tornar um local para atrair usuários de drogas”.

Mancipor Lopes, superintendente de Desenvolvimento Urbano, elogiou a discussão, porque para ele as partes tiveram de ceder de um lado e do outro. Ele reconhece o suplício dos feirantes, mas disse que o Poder Público está trabalhando para oferecer uma estrutura melhor para eles. “Creio que a proposta é melhor do que imaginávamos. Não tivemos como alugar um imóvel para interesse privado. Outras possibilidades de espaço foram avaliadas, mas o local atual é o único ponto de consenso entre as partes”.

Sobre adaptação dos banheiros, também disse que é possível, agora a manutenção de mercadoria é mais difícil. Avisou que não está preocupado se a obra vai demorar quatro meses ou mais e advertiu que é preciso aprovar na Câmara, primeiro, um projeto de concessão pública dos espaços. “Tanto vocês quanto os que ocupam outras áreas terão direito de preferência, porque já estão no local. Não adianta eu colocar todos os feirantes lá e o Ministério Público entrar com ação popular e conseguir tirar todos”, alertou.

O vereador Alecio Stringari revelou que ainda não tinha convivido com o governo de Tião Miranda. “Sempre ouvi falar que era tudo muito difícil e os questionamentos sempre eram deixados de lado e ele fazia da sua maneira. Mas mudei de opinião. As coisas não são assim. Vereadores intermediaram, viram a necessidade do povo e ninguém se alterou. As conquistas têm de ser feitas desta forma. A representatividade da Câmara foi importante no momento da negociação.          Trabalhamos muito mais fora do Plenário do que dentro dele”, ressaltou.

A vereadora Cristina Mutran lembrou-se da feira que foi construída na entrada da Velha Marabá na década de 1990, mas que não deu certo. Reconheceu que os feirantes tinham de ficar no centro da cidade e elogiou a mudança do projeto da Prefeitura de Marabá. “A localização contempla vocês. Claro, não há muito o que se fazer, mas precisa de algumas adaptações para resolver o problema”.

O vereador Pedro Correa parabenizou os feirantes e mostrou-se feliz pelo projeto e principalmente pela forma ordeira com que eles se posicionaram. Elogiou Mancipor pelas palavras e por alertar pela necessidade de legalidade e a preocupação do Executivo de dar segurança jurídica para regularização do uso do espaço público.

Elogiou o arquiteto Honório Ayres pelo projeto realizado, que já executou muitos outros na cidade. A maioria das grandes obras da cidade passou pelas mãos dele.

Pedrinho lembrou os feirantes de uma frase que o prefeito Tião Miranda falou e que marcou bastante a reunião ocorrida há pouco mais de um mês na Secretaria Municipal de Obras: “Quero dizer que é inegociável o retorno de vocês para aquele local”. O vereador disse que ficou muito preocupado, mas s o prefeito foi sensato e entendeu a necessidade de manter os feirantes no local. “Todos os vereadores foram com ele e ampliaram o diálogo. Quando vi o projeto pela primeira vez, sai de lá feliz e avaliei a importância do Poder Legislativo. A bandeira política foi da Câmara, não de A ou B. Não poderíamos sacrificar as pessoas mais humildes. Felizmente chegamos a este projeto, talvez não seja o ideal, mas será bem melhor do que tínhamos no passado”, disse o presidente.

O vereador Nonato Dourado disse que levaria as demandas dos feirantes para o prefeito Tião Miranda, com solicitação de banheiros, permanência do material no local e iluminação interna, além da certeza de que vão ficar na Praça Duque de Caxias até a conclusão da obra. (Ulisses Pompeu)