A Agência de Defesa Agropecuária do Estado(Adepará) prorrogou a campanha de vacinação contra febre aftosa no território paraense até o próximo dia 30 de junho, para que os produtores tenham mais tempo para imunizar o rebanho. A campanha foi iniciada no dia 05 de maio, em 127 municípios, para bovinos e bubalinos de todas as idades.
A Agência de Defesa alerta também para o prazo de notificação no prazo, que terminará em 14 de julho de 2023. O produtor é obrigado a informar em qualquer unidade regional ou escritório da Adepará que vacinou o rebanho. Até o momento, 53% de bovinos e bubalinos já foram vacinados.
Com um rebanho bovino com mais 26 milhões de animais, o segundo maior do Brasil, o Pará realiza a primeira etapa, considerada a de maior alcance por abranger 127 dos 144 municípios paraenses, com exceção das regiões que possuem etapas específicas de imunização, como o Arquipélago do Marajó e os municípios de Faro e Terra Santa, no Oeste do Estado.
Leia mais:O Pará realizará ainda em 2023 cinco etapas da campanha. Mas a partir de 2024, o Estado poderá suspender a vacinação contra febre aftosa em todo o seu território, acompanhando outros entes da Federação que já não têm mais a obrigatoriedade de imunizar o rebanho, alcançando o status de zona livre da febre aftosa sem vacinação.
Retirada da vacina – Atualmente, o Pará é zona livre de febre aftosa com vacinação. No ano passado, alcançou 98,98% de cobertura vacinal, acima do estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que é de 90%.
É recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que a vacinação não seja mais necessária quando o Estado conquistar o status sanitário de zona livre da doença sem vacinação. Para tanto, é fundamental que a Adepará mantenha aproximadamente 40 ações técnicas específicas, determinadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no plano Estratégico Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.
Vigilância – A Agência de Defesa já atingiu 75% das ações previstas no plano, e aprimora a qualidade do trabalho de vigilância epidemiológica com treinamentos constantes das equipes técnicas. Também capacita produtores rurais, médicos veterinários da iniciativa privada, proprietários e funcionários de fazendas, além dos responsáveis técnicos e donos de estabelecimentos que comercializam produtos de uso veterinário, para garantir a sanidade dos animais de produção no território paraense.
Por deter o segundo maior rebanho bovino do País, o Pará vai proporcionar uma economia expressiva aos produtores com a retirada da vacina, além de abrir as portas dos melhores mercados importadores de carne, ampliando a geração de emprego e renda.
No Brasil, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul (na região Sul); Acre, Rondônia e partes do Amazonas (no Norte) e partes do Mato Grosso (Centro-Oeste) já dispõem da certificação internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação.
(Agência Pará)