Cerca de 450 famílias sem teto continuam bloqueando a Rodovia BR-155, logo na saída da cidade de Eldorado do Carajás, no sentido Marabá. Eles decidiram interditar a via para chamar a atenção das autoridades para a situação deles, que estão à eminência de serem despejados de uma área pertencente a um frigorífico, onde estão morando há mais de dois anos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao local por volta de 10 horas e negociou com os manifestantes a liberação da pista a cada 10 minutos para diminuir o engarrafamento que já chegava a mais de três quilômetros só no sentido Marabá. Os manifestantes também concordaram em deixar passar veículos com crianças, doentes e pessoas que estivesses passando mal, assim como ambulâncias e viaturas oficiais.
Enquanto eles mantêm a interdição, o advogado deles, junto com o presidente da Câmara Municipal de Eldorado do Carajás, está em Belém tentando conseguir liminar suspendendo a reintegração de posse do terreno, que está marcada para o próximo domingo, dia 20.
Leia mais:Segundo os manifestantes, eles foram notificados nesta semana pela Justiça que a área vai ser reintegrada ao proprietário e que eles precisam deixar o local ou serão retirados a força. De acordo com um ocupante, o frigorífico, que teria sido desativado há seis anos, não tem documento da propriedade.
Esse foi o motivo que levou o movimento a ocupar o local, que já se transformou em um bairro denominado União pelos moradores. “Nós já construímos casas, temos nossas plantações, de onde muitas famílias tiram seu sustento, e não temos outro local para ir. Essa reintegração é uma barbaridade que estão fazendo com a gente”, diz Aurício Almeida, um dos ocupantes da área.
Ele justifica que o movimento é pacífico e tem como único objetivo lutar por moradia. “Aquela área estava abandonada. Nós ocupamos e demos uma destinação à propriedade e vamos lutar para conseguir ficar lá. Ou então, que seja conseguida outra área para nós, onde passamos morar e também plantar”, ressalta Aurício.
O bloqueio da rodovia começou por volta de 5h30. Os manifestantes colocaram manilhas e pneus na pista para impedir a passagem de veículos. Eles tencionam manter a interdição até que seja dada uma posição da justiça em relação à situação deles. “Dependendo do que a Justiça decidir, a gente desbloqueia ou não a rodovia”, avisaram.
A interdição causou revolta em muitos motoristas, que condenaram a forma de protestar que se tornou comum no Brasil, principalmente nesta região, onde os bloqueios de rodovias são frequentes. “Isso já é palhaçada. Por qualquer coisa se bloqueia estrada, causando danos a quem precisa trabalhar e tem seus compromissos”, desabafou o advogado Irinaldo Dantas, que seguia de Xinguara para Belém. (Tina Santos)
Cerca de 450 famílias sem teto continuam bloqueando a Rodovia BR-155, logo na saída da cidade de Eldorado do Carajás, no sentido Marabá. Eles decidiram interditar a via para chamar a atenção das autoridades para a situação deles, que estão à eminência de serem despejados de uma área pertencente a um frigorífico, onde estão morando há mais de dois anos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao local por volta de 10 horas e negociou com os manifestantes a liberação da pista a cada 10 minutos para diminuir o engarrafamento que já chegava a mais de três quilômetros só no sentido Marabá. Os manifestantes também concordaram em deixar passar veículos com crianças, doentes e pessoas que estivesses passando mal, assim como ambulâncias e viaturas oficiais.
Enquanto eles mantêm a interdição, o advogado deles, junto com o presidente da Câmara Municipal de Eldorado do Carajás, está em Belém tentando conseguir liminar suspendendo a reintegração de posse do terreno, que está marcada para o próximo domingo, dia 20.
Segundo os manifestantes, eles foram notificados nesta semana pela Justiça que a área vai ser reintegrada ao proprietário e que eles precisam deixar o local ou serão retirados a força. De acordo com um ocupante, o frigorífico, que teria sido desativado há seis anos, não tem documento da propriedade.
Esse foi o motivo que levou o movimento a ocupar o local, que já se transformou em um bairro denominado União pelos moradores. “Nós já construímos casas, temos nossas plantações, de onde muitas famílias tiram seu sustento, e não temos outro local para ir. Essa reintegração é uma barbaridade que estão fazendo com a gente”, diz Aurício Almeida, um dos ocupantes da área.
Ele justifica que o movimento é pacífico e tem como único objetivo lutar por moradia. “Aquela área estava abandonada. Nós ocupamos e demos uma destinação à propriedade e vamos lutar para conseguir ficar lá. Ou então, que seja conseguida outra área para nós, onde passamos morar e também plantar”, ressalta Aurício.
O bloqueio da rodovia começou por volta de 5h30. Os manifestantes colocaram manilhas e pneus na pista para impedir a passagem de veículos. Eles tencionam manter a interdição até que seja dada uma posição da justiça em relação à situação deles. “Dependendo do que a Justiça decidir, a gente desbloqueia ou não a rodovia”, avisaram.
A interdição causou revolta em muitos motoristas, que condenaram a forma de protestar que se tornou comum no Brasil, principalmente nesta região, onde os bloqueios de rodovias são frequentes. “Isso já é palhaçada. Por qualquer coisa se bloqueia estrada, causando danos a quem precisa trabalhar e tem seus compromissos”, desabafou o advogado Irinaldo Dantas, que seguia de Xinguara para Belém. (Tina Santos)