A família do ex-boxeador José Adilson Rodrigues, o Maguila, entrou na Justiça contra o homem que gravou um vídeo em que ele aparece pedindo ajuda para sair da clínica terapêutica onde está internado, em Itu (SP), para tratamento da demência pugilística (ETC).
No vídeo, que repercutiu nas redes sociais no fim de novembro, Maguila afirma que a esposa e a instituição o proíbem de deixar o complexo. Ao G1, Irani Pinheiros da Silva dos Santos afirmou que entrou com um processo para que o material seja retirado das redes sociais e a clínica registrou um boletim de ocorrência.
O rapaz que filmou, segundo Irani, teria pedido dinheiro à instituição para não publicar o vídeo. Na ocasião do registro do suspeito, Maguila não estava medicado e não se lembra de ter gravado. Segundo a esposa, o rapaz teria dito as palavras e falado para o ex-pugilista repeti-las. A família do interno, que já deixou a instituição, teria levado um celular escondido para ele durante uma visita.
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O ex-boxeador Acelino Freitas, o Popó, usou as redes sociais para contestar o vídeo. No post, Popó conta que conversou com o colega e com o dono da instituição por telefone (veja abaixo).
Tratamento
O espaço onde o ex-atleta está tem 36 mil metros quadrados e se parece com um sítio. Maguila chegou ao local em uma maca em situação crítica, alimentando-se por sonda. O estado era considerado terminal pelos médicos.
A sobrevivência dependia da mudança no tratamento, reabilitação do organismo e contenção das avarias em seu cérebro, condenado após uma carreira toda dedicada ao boxe.
O Esporte Espetacular esteve nas instalações em agosto e conversou com o sergipano. Na ocasião, os médicos explicaram que o paciente submete-se diariamente a sessões de fisioterapia e toma inúmeros remédios para frear a ETC.
Antes de chegar ao centro em Itu, ele ficou dois anos internado na Santa Casa de São Paulo, prejudicado por uma pneumonia. Depois da alta, permaneceu um ano em casa, enfraquecido e com pouco contato com o mundo.
Sobre a rotina de Maguila, o terapeuta Pales Campos afirma que ele necessita de medicação, recebe visitas toda semana e tem acompanhamento médico 24 horas por dia. “O Maguila sai para passear, vai para restaurante e não fica preso.” (Fonte:G1)