Correio de Carajás

Falta de capacete gera metade das multas de trânsito em Marabá

Entre as infrações de trânsito mais cometidas em Marabá, não utilizar o capacete lidera os dados coletados pelo DMTU (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano) nos primeiros seis meses de 2019 e também em 2018. Apesar dos motociclistas serem as principais vítimas fatais de acidentes de trânsito, há ainda bastante negligência com relação às medidas de segurança.

O não uso do capacete é verificado, segundo o diretor do DMTU, Emanuel Sousa da Cruz, em todos os núcleos da cidade, e não apenas em uma localidade específica; e essa infração gerou exatas 2.350 multas apenas no primeiro semestre deste ano, o que representa 48% do total de 4.881 autuações. Isso representa, por enquanto, um crescimento bastante representativo e preocupante, se comparado com os dados de 2018, quando os agentes aplicaram 8.592 multas, sendo 3.483 delas por falta de capacete dos condutores. O percentual, no ano passado, foi de 40,5% (e já era alto).

A segunda autuação mais comum no trânsito de Marabá no primeiro semestre deste ano foi pela omissão no uso do cinto de segurança (801 casos); seguida por falta de licenciamento do veículo; dirigir sem possuir CNH (332); estacionar nas vagas reservadas a idosos (394); dirigir segurando ou manuseando telefone celular (251); estacionar veículo nas vagas reservadas a idosos (117); entre outras.

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As estatísticas de atendimento de vítimas de acidentes de trânsito no DMTU são preocupantes, embora estejam diminuindo. Nada menos que 4.534 pacientes atendidos por algum tipo de fratura ou feridas no ano passado estavam em motocicleta, contra 404 de automóveis.

O diretor do DMTU observa que a mudança de estratégia, nos últimos anos, levou a instituição a retirar os agentes que ficavam fixos em alguns pontos da cidade e eles passaram a transitar pela cidade, identificando infrações ao Código de Trânsito Brasileiro, para tentar inibir. Além disso, as blitze em locais variados ajudam a alcançar os condutores que andam irregularmente, por problemas de CNH, documentação do veículo ou negligência no uso de equipamentos de segurança.

ACIDENTES REDUZEM

Com uma frota de 116.824 veículos, Marabá registra centenas de acidentes por ano. Todavia, Emanuel Cruz avalia que o trabalho mais firme das autoridades de trânsito, aliado à atuação permanente da equipe de educação para o trânsito do DMTU tem contribuído para diminuir o número de acidentes nas vias da cidade.

Os dados mais recentes, coletados junto à PRF (Polícia Rodoviária Federal) e ao próprio DMTU mostram que no primeiro semestre deste ano foram registrados 129 acidentes contra 137 no mesmo período do ano passado, representando oito eventos a menos.

O número de vítimas fatais também vem diminuindo historicamente. Em 2013 foram registrado 123 mortes; 99 em 2014; 87 em 2015; 47 em 2016; 87 em 2017; e 78 em 2018. De janeiro a maio de 2019, segundo o CPC (Centro de Perícias Científicas) Renato Chaves foram constatados 29 óbitos no trânsito de Marabá. Em 2018, no mesmo período, foram 34 mortes.

O núcleo Nova Marabá é onde mais ocorrem os acidentes de trânsito: 51,9% deles; Cidade Nova 37,03%; Marabá Pioneira 8,33%; São Félix, Morada Nova e zona rural 0,92%, cada. A falta de atenção é causa mais provável dos acidentes (48,9%); imprudência (20%); distância de segmento 13,3%; sinalização 6,6%. (Ulisses Pompeu)