Já está disponível na página do Movimenta Pebas, a exposição virtual das três obras produzidas no programa de residência artística de desenho e pintura, realizado entre abril e junho deste ano pelo projeto.
Os participantes receberam a tutoria do experiente artista plástico Afonso Camargo Fona, radicado na cidade há 30 anos.
Os trabalhos de Sansão Anticorpus (Ocultos), Iramar Art (Colheita do Açaí) e Gomes R. Ferreira (Retalhos), serão abrigados na Galeria Souza Lobbo, em homenagem a um dos pioneiros da cena cultural de Parauapebas. Fotografias produzidas durante a residência completam a exposição, disponível na página eletrônica do projeto (https://www.movimentapebas.art.br/). O Movimenta Pebas conta com o patrocínio da Vale via Lei de Incentivo à Cultura.
Leia mais:“O programa mostrou o potencial e a diversidade dos talentos locais. Todos os inscritos na primeira fase do edital apresentaram portfólios com trabalhos de boa qualidade técnica e criativa. Por isso, oferecemos três aulas máster para os 17 artistas que se inscreveram, como uma forma de incentivo à formação deles”, explicou o Gilberto Scarpa, coordenador e curador do Movimenta Pebas. Scarpa projeta o desenvolvimento de novas ações neste campo.
A exposição consolida o esforço dos artistas locais. Sansão Anticorpos utilizou técnicas do realismo para criar “Ocultos”, inspirado em uma imagem da procissão do Círio de Nazaré. Aos 35 anos, o parauapebense já apresentou seus desenhos em exposições no museu do Louvre, em Paris, e em Dublin, na Irlanda. Gomes R. Ferreira, também de 35 anos, que se define como um “artista em construção”, transformou as emoções sentidas durante a residência na obra “Retalhos”. Irimar Art, 39 anos, sempre se interessou pelas paisagens da região amazônica. A obra “Colheita do Açaí” é, segundo o autor, “um pedido de conscientização sobre a preservação do meio ambiente”.
Para Afonso Camargo Fona, a residência foi uma experiência única. “Foi gratificante abrir o ateliê para aprimorar técnicas de três artistas com estilos e experiências distintas. Fiquei orgulhoso em contribuir para o desenvolvimento das artes plásticas de Parauapebas”. Radicado no município desde 1991, Afonso Camargo Fona foi restaurador no Teatro Amazonas e aderecista nos bois Caprichoso e Garantido, no Festival de Parintins (AM). Atualmente, além do ateliê de criação, participa de projetos educativos e desenvolve experimentos com pigmentos naturais oriundos do ferro, manganês e outros minérios abundantes na região.
O nome da galeria é uma homenagem ao multiartista Onofre Souza Lobbo, 67 anos, pioneiro da cena cultural de Parauapebas. Mineiro de Joanésia, o cenógrafo, figurinista, diretor de teatro e artista plástico é dono de uma extensa produção artística, reconhecida no Brasil e no exterior. Veio à região de Carajás pela primeira vez em 1985, a convite da Vale, para montar o musical “Alice no país das maravilhas”.
Em 1990, assumiu a Fundação Cultural e Social de Parauapebas, radicando-se no município recém emancipado. Entre suas inúmeras contribuições para o desenvolvimento cultural da cidade, destacam-se a organização do primeiro auto de Natal, a participação ativa na criação da Feira da Amizade, do Comércio e da Indústria de Parauapebas (Facipa) e a direção da Companhia de Teatro Maria Clara, a mais antiga da cidade. Atualmente, dedica-se à compilação e divulgação de sua obra.
Como foi a residência
O programa teve como objetivo aperfeiçoar técnicas de talentos locais nas áreas de desenho e pintura. Três artistas, dentre os 17 inscritos, foram escolhidos no processo seletivo, que avaliou a qualidade artística, criatividade e originalidade dos portfólios inscritos no edital. A residência foi coordenada pelo experiente artista plástico Afonso Camargo Fona. Durante o processo de seleção, todos os 17 inscritos tiveram acesso a três aulas máster on-line com Afonso, nas quais ele apresentou sua trajetória, a cena cultural da região e as técnicas utilizadas em suas produções.
Entre maio e junho, os três alunos residentes foram recebidos, individualmente, por Afonso Camargo Fona, em seu ateliê, para desenvolver novos métodos, práticas e processos. As obras resultantes do processo de aprendizagem estão expostas nas redes sociais e na galeria on-line Souza Lobbo. Para garantir o bom desempenho dos residentes, o Movimenta Pebas custeou a aquisição dos materiais utilizados durante a participação no programa e na produção das obras. Importante ressaltar que durante a residência foram cumpridos os protocolos de prevenção contra à Covid-19.
Movimenta Pebas estimula a cultura local
O Movimenta Pebas oferece programação diversificada e totalmente gratuita à população nas áreas de teatro, dança, música, audiovisual e artes plásticas. O projeto também investe na produção e na capacitação dos artistas locais, impulsionando a rede produtiva da cultura e gerando renda.
Adaptado para promover ações também durante a pandemia, o Movimenta Pebas já selecionou, por meio de concurso cultural, cinco peças teatrais de curta duração que estão sendo montadas com recursos do projeto. Além disso, mais de 200 jovens e adultos de Parauapebas participaram de aulas e cursos on-line de capacitação em diferentes modalidades de dança com a equipe da renomada Corpo Escola de Dança, do Grupo Corpo.
Na etapa de música, o projeto selecionou, produziu e divulgou dez videoclipes com músicas inéditas de compositores daquele município. O projeto também promoveu dois cursos on-line sobre a história do Cinema e uma mostra de curtas-metragens na sua página eletrônica.
O Movimenta Pebas tem patrocínio da Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, apoio da Prefeitura Municipal de Parauapebas, Secretaria Municipal de Cultura, através do Centro Cultural de Parauapebas – CCP e Instituto Vivas, e é realizado pela Vivas Cultura e Esporte, Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura – Governo Federal. (Divulgação/Vale)
Serviço
Exposição de obras da residência artística do Projeto Movimenta Pebas – Galeria Souza Lobbo
Onde: https://www.movimentapebas.art.br/