“Funcionários da escola Jonatas Pontes Athias (Antiga escola da Vale) pedem socorro e não sabem mais que providências tomar. A escola está cheia de alunos marginais no período da noite que usam as dependências do prédio para prostituição, tráfico e uso de drogas…”. Esta denúncia foi veiculada pela página “EnDireita Marabá”, do Facebook e levada a sério por muitos internautas que comentaram o tema.
Ainda de acordo com a denúncia, os servidores já cansaram de colocar luminárias no ambiente escolar, mas os marginais (inclusive alguns alunos) somem com as lâmpadas para ficar na escuridão. Segundo a postagem, nenhum funcionário da escola tem coragem de descer nos últimos pavilhões na parte da noite, devido sofrerem represálias dos marginais que atuam no interior da escola.
“Alguma providência por parte polícia tem que ser tomada para acabar com essa vagabundagem; escola foi feita para estudar”, denunciam os administradores da página na rede social.
Leia mais:Sobre o assunto, o CORREIO procurou o inspetor Lemos, comandante da Guarda Municipal de Marabá (GMM), para entender se tais ocorrências foram mesmo registradas na importante instituição de ensino. Ele respondeu que também ficou sabendo sobre consumo de drogas e álcool na escola através das mídias sociais. Diante disso, montou duas ações preventivas na área, com utilização de cão farejador, sempre à noite. Mas diz que nada foi encontrado ali.
“Nessa escola a gente não conseguiu efetuar a prisão de ninguém, porque precisaria pegar em flagrante”, explica Lemos, acrescentando que a Polícia Civil já foi acionada e o ideal agora é trabalhar em conjunto para pegar quem está vendendo drogas e coibir o comércio ilegal no estabelecimento de ensino.
A reportagem conversou, ainda, com o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Segundo ele, as informações devem ser fornecidas da forma mais detalhada possível para a Polícia Civil, diretamente na delegacia ou pelo Disque Denúncia, que repassa imediatamente para a Polícia Civil dar início às investigações.
O jornal também procurou a diretora da 4ª Unidade Regional de Ensino (URE), Alcinara Jadão, para saber se o assunto está na pauta do Estado e quais providências podem ser tomadas. Mas a diretora – embora tenha visualizado a mensagem – não nos deu resposta.
Além disso, a equipe de reportagem foi até à sede da 4ª URE, mas lá não encontrou a diretora e tampouco quem respondesse por ela. Uma atendente se comprometeu a entrar em contato com a reportagem no dia seguinte, mas já se passaram duas semanas e não houve resposta.
Por outro lado, a diretora da subsede local do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (Sintepp), Joyce Rabelo, também ouvida pelo jornal, explicou que iria conversar com os servidores da escola para saber se eles realmente estão inseguros no local de trabalho e em seguida ver o que o sindicato pode fazer em relação ao caso.
Saiba Mais
O Disque Denúncia pode ser acionado de três formas: pelo telefone fixo 3312-3350, WhatsApp 98198-3350 ou pelo aplicativo Disque Denúncia Sudeste do Pará, que pode ser baixado em qualquer celular androide.
(Chagas Filho)