A cota de alerta da Defesa Civil de Marabá para que seja decretada situação de emergência no município, por conta das cheias dos rios, é quando o nível do Rio Tocantins atinge a marca dos 10,50 metros.
Ainda no início da manhã do último domingo, 19, a régua fluviométrica atingiu 10,63 metros. Contudo, o prefeito Tião Miranda protelou e, após mais de 30 horas, finalmente assinou o Decreto nº 381.
Segundo dados da própria Defesa Civil, até o final da manhã desta segunda-feira, 20, quando o Rio Tocantins ultrapassou os 11 metros, 993 famílias já haviam deixado suas residências. Desse número, 479 buscaram ajuda do órgão e 291 foram encaminhadas aos abrigos.
Leia mais:Dezenas de abrigos estão sendo construídos em vários pontos da cidade, como na Folha 14, no Núcleo São Félix, Bairro Amapá e Filadélfia.
Com o decreto, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), nas ações de resposta ao desastre e reconstrução das áreas afetadas.
Além disso, podem ser realizadas campanhas para arrecadação de recursos e os processos de licitação, para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial, ficam dispensados.
A Reportagem do CORREIO esteve em vários pontos da Velha Marabá na tarde desta segunda-feira, 20. Muitas famílias ficam aguardando a construção dos abrigos, algumas com os móveis no meio da rua.
Uma das principais reclamações diz respeito ao tamanho do abrigo: 4 metros de largura por 2,90 de comprimento. “Não dá nem para a gente guardar nada de casa. Se coloca uma cama de casal e a geladeira e fogão, já acabou o espaço. E o restante das coisas, e as crianças vão dormir aonde?”, indaga Cícera Garcia Lima, 51 anos.
Colaboradores da Defesa Civil informaram que esse é o tamanho padrão nacional para abrigos em situações de emergência como esta. Na Marabá Pioneira, em pelo menos quatro pontos diferentes há construção de abrigo.
(Da Redação)