Correio de Carajás

EMPREGO: Parauapebas é segundo do Pará na abertura de vagas em maio

A 170 quilômetros do município de Marabá, Parauapebas é o segundo do Pará que mais empregou em maio, com o saldo positivo de 300 oportunidades. O problema é que no acumulado do ano, enquanto Marabá está com cartão verde em 335 postos de trabalho, Parauapebas continua no vermelho em 397, sem perspectiva de reversão.
O Pebinha de Açúcar consultou o engenheiro de minas André Santos, que estuda a dinâmica do mercado de trabalho nos municípios da região, para entender de onde estão vindo as contratações de Parauapebas. De acordo com o especialista, uma empresa mineradora da região movimentou a contratação de mão de obra operária para ampliação de sua infraestrutura e base produtiva, o que culminou com a contratação de dezenas de serventes de obras e preparadores de estruturas metálicas. Ainda assim, Santos apresenta uma curiosidade. “Nos três últimos anos, com o discurso da crise para justificar as demissões, muitas empresas aproveitaram para negociar com seus empregados e baixar a remuneração. Hoje, os salários médios pagos em carteira para algumas ocupações no município de Parauapebas estão menores que os pagos em Marabá, Canaã dos Carajás e Curionópolis”, analisa. “Seis ou sete anos atrás, no auge dos empregos em Parauapebas, diante dos trabalhos intensos de ampliação das minas de ferro em Serra Norte, era impossível pensar em salário abaixo da média regional”, contemporiza.
Apesar disso, o engenheiro afirma que Parauapebas segue como o principal referencial de emprego fora do Pará. “Parauapebas é a primeira indicação quando se trata do assunto emprego aqui no estado.”
Considerando-se o período de janeiro a maio deste ano, Paragominas, com saldo positivo de 467 contratações, lidera a oferta de empregos.

ENTRE 20 PIORES

No mapa do mercado de trabalho, os paraenses Altamira e Canaã dos Carajás, detentores respectivamente dos canteiros de obras dos projetos da hidrelétrica de Belo Monte (Governo Federal) e da mina de S11D (multinacional Vale), emergem entre os 20 municípios brasileiros que mais demitem em 2017. Essa é a face mais cruel dos grandes projetos, sobre os quais muitos depositam anos de esperança sem se darem conta de que a implantação dos mesmos começam com prazo de validade.
De janeiro a maio deste ano, Altamira (o 20º que mais demite) viu 3.063 novos desempregados a vagar por suas ruas. Canaã dos Carajás, em situação ainda pior (é o 17º), despejou mais 3.418 trabalhadores em apenas cinco meses do ano. Dois anos atrás, eles estavam exatamente na outra ponta, entre os 20 que mais empregavam no Brasil. O crescimento não sustentável agora cobra a fatura. (Redação do Portal Correio)

Leia mais:

A 170 quilômetros do município de Marabá, Parauapebas é o segundo do Pará que mais empregou em maio, com o saldo positivo de 300 oportunidades. O problema é que no acumulado do ano, enquanto Marabá está com cartão verde em 335 postos de trabalho, Parauapebas continua no vermelho em 397, sem perspectiva de reversão.
O Pebinha de Açúcar consultou o engenheiro de minas André Santos, que estuda a dinâmica do mercado de trabalho nos municípios da região, para entender de onde estão vindo as contratações de Parauapebas. De acordo com o especialista, uma empresa mineradora da região movimentou a contratação de mão de obra operária para ampliação de sua infraestrutura e base produtiva, o que culminou com a contratação de dezenas de serventes de obras e preparadores de estruturas metálicas. Ainda assim, Santos apresenta uma curiosidade. “Nos três últimos anos, com o discurso da crise para justificar as demissões, muitas empresas aproveitaram para negociar com seus empregados e baixar a remuneração. Hoje, os salários médios pagos em carteira para algumas ocupações no município de Parauapebas estão menores que os pagos em Marabá, Canaã dos Carajás e Curionópolis”, analisa. “Seis ou sete anos atrás, no auge dos empregos em Parauapebas, diante dos trabalhos intensos de ampliação das minas de ferro em Serra Norte, era impossível pensar em salário abaixo da média regional”, contemporiza.
Apesar disso, o engenheiro afirma que Parauapebas segue como o principal referencial de emprego fora do Pará. “Parauapebas é a primeira indicação quando se trata do assunto emprego aqui no estado.”
Considerando-se o período de janeiro a maio deste ano, Paragominas, com saldo positivo de 467 contratações, lidera a oferta de empregos.

ENTRE 20 PIORES

No mapa do mercado de trabalho, os paraenses Altamira e Canaã dos Carajás, detentores respectivamente dos canteiros de obras dos projetos da hidrelétrica de Belo Monte (Governo Federal) e da mina de S11D (multinacional Vale), emergem entre os 20 municípios brasileiros que mais demitem em 2017. Essa é a face mais cruel dos grandes projetos, sobre os quais muitos depositam anos de esperança sem se darem conta de que a implantação dos mesmos começam com prazo de validade.
De janeiro a maio deste ano, Altamira (o 20º que mais demite) viu 3.063 novos desempregados a vagar por suas ruas. Canaã dos Carajás, em situação ainda pior (é o 17º), despejou mais 3.418 trabalhadores em apenas cinco meses do ano. Dois anos atrás, eles estavam exatamente na outra ponta, entre os 20 que mais empregavam no Brasil. O crescimento não sustentável agora cobra a fatura. (Redação do Portal Correio)