A Embraer e a Boeing informaram hoje (17) que aprovaram os termos da parceria estratégica para acelerar o crescimento em mercados aeroespaciais globais para as duas empresas. A parceria contemplará a aviação comercial da Embraer e serviços associados com participação de 80% da Boeing, no valor de US$ 4,2 bilhões, e de 20% da Embraer.
A expectativa é que a parceria não terá impacto no lucro por ação da Boeing em 2020, passando a ter impacto positivo nos anos seguintes. A joint venture deve gerar sinergias anuais de cerca de US$ 150 milhões até o terceiro ano de operação.
Segundo o comunicado da Embraer, a parceria está sujeita à aprovação do governo brasileiro. Só então as duas empresas assinarão o acordo. Em seguida será submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, e a outras condições relacionadas a este tipo de transação. A joint venture será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil e a Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing. A Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.
Leia mais:“A Boeing e a Embraer possuem um relacionamento estreito graças a mais de duas décadas de colaboração. O respeito mútuo e o valor que enxergamos nesta parceria só aumentou desde que iniciamos discussões conjuntas no começo deste ano”, disse o presidente, chairman e CEO da Boeing, Dennis Muilenburg.
O presidente e CEO da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou estar confiante de que a parceria será de “grande valor” para o Brasil. “Esta aliança fortalecerá ambas as empresas no mercado global e está alinhada à nossa estratégia de crescimento sustentável de longo prazo”,
As empresas também chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390. De acordo com a parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na joint venture e a Boeing, os 49% restantes. (Agência Brasil)