Cerca de 80% dos estudantes que concluíram cursos técnicos no ano passado foram inseridos no mercado de trabalho já no primeiro ano. O salário inicial de uma formação técnica gira em torno de R$ 2 mil. A educação profissional é uma das saídas para combater o desemprego, que tem atingido níveis recordes no Brasil, principalmente, entre os jovens.
No segundo trimestre deste ano, dados do mercado de trabalho divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, entre os trabalhadores na faixa etária
entre 18 e 24 anos, a taxa de desemprego é mais que o dobro da taxa da população em geral. A taxa geral de desemprego ficou em 12,4% (abril, maio e junho), enquanto entre os jovens esse percentual cresce para 26,6%.
Leia mais:De acordo com levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o curso técnico é o caminho mais rápido para a inserção qualificada do jovem no mundo do trabalho e também uma opção para o trabalhador desempregado em busca de recolocação no mercado. O salário de um profissional técnico varia entre R$ 8,5 mil e R$ 12 mil.
Para o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, o país tem potencial em educação profissional. “Nas competições internacionais existe uma competição internacional de educação profissional, que é a WorldSkills. O Brasil tem sido representado pelo SENAI e pelo Senac, que tem as ocupações mais da área do comércio e serviços, e o Brasil fica sempre entre os primeiros colocados.”
Os cursos técnicos duram cerca de cerca de 1 ano e 6 meses. São para os alunos matriculados ou que já concluíram o ensino médio. Neles, o estudante aprende uma profissão e, ao término, recebe um diploma. Professora da Universidade de Brasília (UnB), Débora Baren acredita que aliar a educação profissional ao ensino do país é criar profissionais mais preparados para as necessidades do mercado de trabalho hoje.
“As soluções dos problemas não são mais tão simples. Preciso de um administrador com habilitação em administração hospitalar conversando com um engenheiro e um da área de TI para desenvolver algo que realmente vai mudar a vida das pessoas. E o curso técnico pode ajudar o indivíduo a entender que não pode ficar só na teoria.” (Fonte: Agência do Rádio Mais)