Correio de Carajás

Educação é maior vilã da inflação em Marabá

No acumulado de 2022, a inflação em Marabá chegou a 8,60%, com despesas com educação liderando a lista, com 25,78%; seguidas de alimentação e bebidas, com 11,97%.

No acumulado do ano, a inflação em Marabá chegou a 8,60%, com despesas com educação liderando a lista

O Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (Lainc), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), junto com a Faculdade de Ciências Econômicas (Face) divulgou o balanço “Informe Técnico referente ao IPC de dezembro de 2022”, da inflação do mês de dezembro de 2022 no município. Os índices acompanhados pelo laboratório mostram que a inflação de dezembro, em relação ao mês de novembro de 2022, foi de 1,30%.

Segundo os dados divulgados, as despesas pessoais foram as que tiveram mais reajuste com 2,33%, seguido de alimentação e bebidas com 2,07%.

No acumulado do ano, a inflação em Marabá chegou a 8,60%, com despesas com educação liderando a lista, com 25,78%; seguido de alimentação e bebidas com 11,97%.

Leia mais:

“Nesse mês de dezembro foi notável o aumento inflacionário em relação ao mês de novembro, principalmente quando verificamos os grupos que participam da variação mensal do cálculo. Fechando em 1,30%, o índice apresentou variação positiva em relação ao mês anterior, com variação de -0,46”, declara o relatório.

“Podemos concluir que o setor que teve maior participação no orçamento acima foi o de alimentação e bebidas, com 43,17%; acompanhado do de Habitação, com 13,5% de participação; Vestuário, com 9,74%; e Saúde e cuidados pessoais, com “9,58%””.

Ainda em dezembro, o setor que mais teve contribuição foi o de “Alimentação de Bebidas”, com “0,89%” e com isso a maior variação. Já o setor de “Comunicação”, expressou novamente os menores valores na variação mensal e contribuição”, diz o documento.

No setor de vestuário é concluída, ainda, uma variação positiva, onde no mês de novembro apontava -0,24% e no mês de dezembro de 1,32%, o que se deve também à sazonalidade dos preços, pois considerando as festas e tradições de fim de ano, os itens de vestuário são mais procurados durante esse período devido à alta demanda.

CESTA BÁSICA MAIS BARATA?

Ainda segundo o relatório divulgado pelo Lainc, o custo da cesta básica no mês de dezembro, em Marabá, diminuiu um pouco, para R$ 1.652,09. Em novembro, os mesmos itens desta cesta estavam custando R$ 1.675,38, variação de -1,40%. Se comparado ao mesmo período, no ano anterior, há uma diferença de R$ 135,20, ou seja, desde o fim de 2021 até o fim de 2022, a cesta aumentou cerca de 8,65%.

Os grupos de despesa que mais se destacaram dentre os doze que compõem a Cesta Básica, foram: Despesas Gerais, Serviços, Carnes e Hortifruti-Granjeiro. O grupo de Despesas Gerais continua apresentando a maior participação em relação ao total dos gastos, sendo responsável, em dezembro, por 25,93% do custo da cesta, comprometendo R$428,31 do orçamento familiar, o que corresponde a 35,34% do Salário Mínimo Nominal e 38,20% do Salário Mínimo Líquido.

Já no Grupo Hortifruti-Granjeiro, os aumentos foram proporcionais à sazonalidade do mês, com alta demanda e produção prejudicada pelo período de inverno dos Estados produtores. Ficam apenas alguns destaques dentro desse grupo, são eles: Tomate (6,84%), Laranja (3,16%) e Cebola (0,84%). Segundo a Cepea, devido às chuvas frequentes registradas na maioria das regiões produtoras e ao estado de conservação dos tomates, o preço tem se mantido em alta, o que tem dificultado a comercialização dos produtos. (Fonte: LAINC)