Correio de Carajás

Dois secretários de Tião Miranda deixam o governo para se candidatar

Sem nenhum sinal até agora de que o calendário da eleição municipal deste ano será alterado em função da pandemia de coronavírus, pelo menos dois integrantes do primeiro escalão do governo de Tião Miranda estão se afastando dos cargos até este sábado, 4, quando inicia a contagem regressiva de seis meses para o pleito. Trata-se da data-limite para desincompatibilização de quem pretende concorrer a vereador.

O Correio de Carajás consultou vários secretários municipais, mas o único que está se desligando da função é Eloi Ribeiro (PRB), que já foi vereador e voltará a disputar uma vaga na Câmara Municipal de Marabá. O substituto dele ainda não está definido, mas comenta-se no segmento que seu braço direito, Alexandre Barreto, professor de Educação Física, é um dos dois candidatos à vaga. Todavia, o prefeito Tião Miranda só deve definir quem fica no cargo na próxima segunda-feira, dia 6.

Embora não tivesse status de secretária, mas de presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, uma autarquia, Vanda Américo também se desincompatibilizou do cargo para concorrer a uma vaga de vereadora pelo Cidadania. Aliás, Vanda tem bagagem no currículo, tendo sido vereadora por sete mandatos consecutivos e fez uma gestão de grande referência à frente da Fundação Casa da Cultura nos últimos três anos.

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No lugar dela assume o arqueólogo Marlon Prado, que tem 18 anos de trabalho na instituição e já teve seu nome chancelado pelo prefeito Tião Miranda e também pelos colegas de trabalho. Antes de sair, Vanda recebeu uma festa de despedida dos servidores da Casa, que enalteceram o trabalho que ela realizou à frente da FCCM, ampliando e fortalecendo as ações da fundação.

Muito se especulou nos últimos dias sobre a possibilidade de desincompatibilização do secretário de Saúde, Luciano Lopes Dias, para concorrer ao cargo de vice-prefeito ao lado de Tião Miranda. O certo é que, caso ele seja o escolhido do gestor, só precisará deixar a função daqui a três mês, em julho, de acordo com a Lei Eleitoral.

TROCA DE PARTIDO

O que rolou muito nas últimas semanas, entre os vereadores com mandato, foi o troca troca de partido. Ray Athiê deixou o PC do B para filiar-se ao PSD; Gilson Dias também deixou o PC do B para ingressar no PT; Priscila Veloso saiu do PTB e também aninhou-se no PSD; Pedro Corrêa, presidente da Câmara, foi para o DEM, conforme divulgado aqui pela reportagem do CORREIO há três semanas. Alécio Stringari deixou o PSB e foi para o PDT. Miguelito deixou o PP e também mergulhou de cabeça no PDT.

Badeco foi para o Cidadania de Vanda Américo. ILKER Moraes resolveu ir para o gigante MDB. Frank anunciou sua ida para o Republicano; e Beto Miranda abandonou o PSDB e foi para o PSD do irmão Tião Miranda.

Thiago Koch, líder do governo na Câmara, deixou o MDB a convite do PSD. Ele anunciou nesta sexta-feira sua desfiliação do MDB, mas em tom de elogios. Tiago descreveu em sua carta o aprendizado e os amigos que fez no partido. “Me elegi vereador pela sigla. Aprendi muito com os companheiros, evolui como político e como pessoa. Por isso, levarei para o resto da minha vida essa lembrança que o MDB me proporcionou”, descreveu.