Após a publicação da matéria sobre irregularidades em chacreamentos no município de Marabá, dois empreendedores do ramo procuraram o Correio de Carajás para esclarecer alguns assuntos abordados nas denúncias.
Com a expansão em torno do Núcleo São Félix, os chacreamentos têm se tornado cada vez mais presentes no cotidiano dos marabaenses, que buscam por um local próximo à cidade, cercado pela natureza e tranquilidade. A Reportagem foi à região onde estão localizados o Recanto do Lago e Alpha Rio, próximos à Vila Espírito Santo.
Max Lima, coordenador de vendas do Chacreamento Recanto do Lago, conta que a área está há apenas quatro meses em funcionamento, mas a estrutura já está sendo toda preparada para os clientes. “Nossas ruas são de 10 metros, serão todas cascalhadas, o posteamento está sendo feito e já foi solicitado o pedido de ligação da energia elétrica. Em contrato, estava previsto apenas rede de alta tensão, mas decidimos expandir para baixa tensão também”, explica.
Leia mais:O empreendimento, segundo ele, conta com 330 unidades em uma área privilegiada, distante pouco mais de 5 quilômetros do centro do Núcleo São Félix.
De acordo com o responsável comercial, a venda das chácaras não interferiu na preservação da fauna e flora do local. “Temos mais de quatro lagos dentro do chacreamento, e não deixamos que haja queimadas e nem permitimos que desmatem por completo seus lotes. É pra ser um local agradável e de acordo com as leis ambientais”, ressalta Max.
Para ele, as denúncias feitas pelo vereador Márcio do São Félix a respeito das irregularidades podem até ser verídicas. Contudo, ele afirma que o Recanto do Lago não se enquadra no perfil exposto nas acusações do parlamentar. “Talvez existam, em Marabá, chacreamentos que não respeitem. Mas a nossa área é 100% legalizada e de acordo com as leis ambientais”, reforça.
Responsável pelo Chacreamento Alpha Rio, Ângelo Martins também conversou com o Correio de Carajás para falar sobre as acusações de irregularidades. Ele afirma que sua terra possuía mais de 25 alqueires e que ano passado, em 2020, decidiu entrar na modalidade dos chacreamentos. “Fiz de uma parte. Cerquei, mapeei toda a área e no total deu em torno de 90 chácaras”, detalha.
Segundo Martins, em seu contrato de venda, foi oferecido apenas o acesso às áreas e feito um canal de escoamento da água. “São quatro acessos e cada chácara tem sua cancela individual. Não prometi energia porque é mais complicado, mas estamos lutando juntos para conseguir”, afirma, contando que todos os compradores do chacreamento até agora estão satisfeitos com o empreendimento.
O proprietário afirma que a área separada para o chacreamento era degradada, apenas com capim, e com as pessoas cuidando das suas propriedades muita coisa mudou do início para cá. “Eles estão plantando árvores frutíferas, fazendo hortas. Isso vai ser muito bom para a região em breve”, prevê. (Ulisses Pompeu e Ana Mangas)