Correio de Carajás

Distúrbios do sono II

Distúrbio do sono é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de diferentes doenças e condições capazes de afetar o sono dos pacientes, impedindo-o por completo de dormir ou tornando o sono insuficiente, ou seja, mesmo quando o paciente dorme, ele não consegue se sentir descansado ou mesmo recuperado.

O que causa distúrbios do sono, entre eles: estresse, preocupação, má alimentação, consumo de álcool e/ou café antes de dormir, excesso de peso, excesso de ruídos na rua ou na própria residência, entre outros.

Os distúrbios do sono provocam consequências adversas na vida das pessoas por diminuir seu funcionamento diário, aumentar a propensão a distúrbios psiquiátricos, déficits cognitivos, surgimento e agravamento de problemas de saúde, riscos de acidentes de tráfego, absenteísmo no trabalho, e por comprometer a qualidade de vida.

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Quantas horas de sono o indivíduo deve dormir? Adultos – de 7 a 8 horas de sono de qualidade, em horários regulares; adolescentes de 8 a 10 horas de sono diariamente; crianças de 9 a 13 horas de sono a cada dia; e bebês de 12 a 16 horas de sono por dia.

A literatura médica psiquiátrica afirma que cerca de 80% dos pacientes com transtornos mentais queixam-se de problemas no sono. O diagnóstico subjacente pode ser depressão, mania e ansiedade ou esquizofrenia.

Ainda sobre distúrbios do sono, nas doenças clínicas como nos casos de asma, a variação diária na resistência da via aérea resulta em aumento significativo dos sintomas asmáticos à noite, especialmente durante o sono. O tratamento da asma com compostos à base de teofilina, agonistas adrenérgicos ou glicocorticoides podem causar ruptura do sono de forma independente.

Os glicocorticoides inalatórios, que não causam ruptura do sono, podem ser uma alternativa ao uso oral do fármaco. Doença pulmonar obstrutiva crônica, dor por doenças reumatológicas ou neuropatia, fibrose cística, hipertireoidismo, menopausa e refluxo gastresofágico são outras causas de distúrbios do sono.

A insônia primária é um diagnóstico de exclusão. O tratamento de uma doença clínica ou psiquiátrica que podem estar contribuindo para a insônia deve ser a primeira conduta a ser resolvida. Deve-se cuidar para melhorar a higiene do sono e evitar comportamentos contraproducentes antes de deitar-se.

A terapia cognitiva comportamental enfatiza a compreensão sobre a natureza do sono normal, o ritmo circadiano, o uso de terapia com luz e imaginário visual para bloquear pensamentos indesejados. sono normal, o ritmo circadiano, o uso de terapia com luz e imaginário visual para

A farmacoterapia deve ser reservada para as situações em que a insônia persiste após o tratamento dos fatores contribuintes. Os anti-histamínicos são os principais ingredientes ativos da maioria dos auxiliares do sono vendidos sem receita. Os agonistas dos receptores benzodiazepínicos são efetivos e bem tolerados.

Existem métodos para melhorar a higiene do sono em pacientes com insônia. São ditos comportamentos úteis. Usar a cama apenas para dormir e fazer sexo. Se não conseguir dormir dentro de 20 minutos, sair da cama e ler ou fazer outra atividade relaxante com pouca luz antes de retornar para a cama.

Fazer da qualidade do sono uma prioridade. Ir para a cama e levantar no mesmo horário todos os dias. Garantir um ambiente relaxante (cama confortável, quarto silencioso e escuro). Desenvolver uma rotina de deitar consciente. Por exemplo: preparar-se para o sono com 20 a 30 minutos de relaxamento (música suave, meditação, ioga, leitura agradável), tomar um banho morno.

Os comportamentos a serem evitados a seguir. Evitar comportamentos que interfiram com a fisiologia do sono, incluindo: cochilos diurnos, especialmente após as 15 horas. Tentar dormir mais cedo. Cafeína após o horário do almoço. Nas duas a três horas antes de dormir tentar evitar alimentação pesada, fumo ou álcool, exercícios vigorosos. Ao tentar adormecer evitar: resolver problemas, pensar em problemas da vida, revisar eventos do dia.

* O autor é médico especialista em cirurgia geral e saúde digestiva.

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.