Correio de Carajás

Deficientes Visuais: Centro de Apoio Pedagógico completa 15 anos

Centro de Apoio Pedagógico completa 15 anos

Alfabetização de pessoas cegas ou com baixa visão em braile e em informática, além de Orientação para a Vida Diária (OVD), que objetiva proporcionar mais autonomia aos deficientes visuais. Estes são apenas alguns dos atendimentos realizados no Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento Educacional Especializado para Deficientes Visuais Ignácio Baptista Moura (CAP), que em 2019 completa 15 anos de atuação em Marabá. A existência do CAP será comemorada nesta sexta-feira (29) com um espetáculo cultural, que será apresentado pelos alunos do centro no Cine Marrocos a partir das 19 horas.

O professor de informática e revisor Braile, Nacélio Madeiro, que também é deficiente visual e participou da fundação do centro, esteve na redação do Correio de Carajás para convidar a comunidade para o evento. Segundo ele, atualmente são 85 pessoas atendidas pelos 17 profissionais, o que representa um avanço do trabalho desenvolvido no CAP.

“Eu perdi a visão em 2003 e em 2004 já comecei a estudar em Braile. A história do CAP também começou aí. Na época nós só tínhamos uma sala na Escola Jonatas Pontes Athias e três professores. A gente começou a lutar por um espaço e hoje nós estamos em uma escola, com várias salas e equipamentos para darem todo suporte atendendo nossas necessidades”, afirmou, aproveitando para convidar a todos para prestigiarem as comemorações nesta sexta-feira.

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SERVIÇO

Para receber atendimento no Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento Educacional Especializado, basta procurar a escola, que fica na Travessa da Fonte, Agrópolis do INCRA, Núcleo Cidade Nova, portando documentos pessoais e um laudo médico (oftalmologista) comprovando o grau de deficiência visual.

“Nós trabalhamos com Língua Portuguesa, Geografia, História, Matemática, Informática, além da orientação a mobilidade que orienta o deficiente a se locomover usando a bengala. Não importa a idade, qualquer pessoa que tenha deficiência visual ou que esteja perdendo a visão pode se matricular, em qualquer período do ano”, explicou Nacélio Madeiro, ressaltando que o CAP já encaminhou ao todo 10 alunos para o ensino superior. (Fabiane Barbosa)