A equipe de segurança do prefeito Adonei Aguiar, candidato à reeleição em Curionópolis, no sudeste paraense, foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil nessa semana após disparos de arma de fogo serem efetuados contra um drone que sobrevoava uma das bases da campanha eleitoral dele.
O endereço é uma chácara no Bairro Bandeirantes e a ocorrência foi registrada na segunda-feira (9). As imagens captadas pelo próprio drone mostram um quintal grande, com carros estacionados e adesivados com a propaganda eleitoral do candidato, além de algumas pessoas.
Uma delas percebe o drone sobrevoando, se aproxima, saca uma pistola e efetua três disparos contra o equipamento. Em seguida outro homem também aparece armado e atira duas vezes para o alto, tentando atingir o drone.
Leia mais:A chácara está localizada próxima ao quartel da Polícia Militar em Curionópolis. Logo após os tiros, uma guarnição seguiu para o endereço e lá foram localizados os seguranças e o prefeito Adonei Aguiar, que é candidato.
Enquanto os militares realizam a abordagem, o prefeito começa a filmar a atuação militar na tentativa de intimidá-los. “Essa é a opressão de Curionópolis hoje”, diz, enquanto afirma estar sendo oprimido pela Polícia Militar que atende à ocorrência de disparos de arma de fogo.
No local foram identificados policiais militares do Estado do Tocantins trabalhando como seguranças particulares do prefeito, além de um Guarda Municipal de Parauapebas. Ao todo, foram apreendidas quatro pistolas – de calibres ponto 40 e 9 mm – e um revólver calibre 38, além de 36 munições.
Foram identificados como os responsáveis pelos tiros o coronel da Reserva da Polícia Militar Robson Wilson dos Santos e o guarda municipal André Souza Uchoa, que não possui licença para porte de arma.
Inicialmente o coronel negou participação, mas após ser conduzido à unidade policial assumiu os disparos e alegou ter efetuado um disparo de advertência, o que não condiz com o registrado em vídeo. A Polícia Civil apreendeu os armamentos e instaurou inquérito para investigar o caso. (Nyelsen Martins e Luciana Marschall)