Correio de Carajás

Criança tem morte misteriosa

Às 11h30 da manhã de domingo (10) deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá o corpo de um bebê recém-nascido (menos de dois meses). A morte da criança levantou suspeita porque o socorrista do SAMU observou que o menino tinha hematomas, por isso acionou a polícia e também o IML. O caso aconteceu no bairro Bela Vista (Cidade Nova).

Ouvido pela reportagem do Jornal CORREIO, o pai do menino, Alan de Souza Costa, disse que nada de estranho aconteceu na noite de sábado e somente na manhã de domingo, foi acordado pela sua companheira e mãe da criança, Andréia Barbosa da Silva, informando que o recém-nascido – que dormira entre os dois – estava morto.

A mãe contou versão semelhante. Disse que o menino estava frio, sem choro, inerte, foi isso que a fez desconfiar. “Eu peguei ele, tava geladinho e todo melado (de sangue), saindo sangue pela boca, nariz e até pelo olho”, relata.

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Perguntada se nada de mais aconteceu na noite anterior ou durante a madrugada, Andreia disse que bebeu algumas cervejas durante o dia e também à noite, mas afirma que não se embriagou. Ela é mãe de oito filhos.

Acionado até via Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190), o cabo Fernandes, da Polícia Militar, disse – com todas as letras – que o médico verificou que a criança estava em óbito e constatou alguns indícios de que a vítima poderia ter sido espancada, por isso chamou a polícia. Informou também que quando chegou ao local, a família já tinha limpado a criança.

A mãe e o pai foram apresentados na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para prestarem esclarecimento sobre o caso. Mas, ontem (11), pela manhã, a reportagem do Jornal CORREIO apurou com uma fonte que a criança morreu por broncoaspiração, que ocorre quando a pessoa (geralmente criança) inspira o próprio vômito e fecha as vias aéreas, é um dos grandes temores dos pais de recém-nascidos. Isso costuma acontecer quando a criança ingere leite e não arrota.

Por outro lado, ao ser procurado na noite de ontem, o gerente de Medicina Legal do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, em Marabá, Domingos Costa Silva, explicou que somente quando o laudo do IML for divulgado será possível afirmar oficialmente qual a verdadeira causa da morte. (Chagas Filho – Com informações de Josseli Carvalho)