Correio de Carajás

Criança indígena dorme à espera de atendimento no HMM; Prefeitura tenta desmentir

Criança dorme em banco de cimento do hospital e Prefeitura alega em nota que é fake news

Indignada. Assim ficou a técnica de enfermagem Alzinete Teixeira Hayden ao chegar ao Hospital Municipal de Marabá na última terça-feira, 17.

Acompanhando uma criança indígena que veio receber atendimento médico na casa de saúde, a profissional ficou estarrecida com a situação em que crianças e acompanhantes ficam dentro do hospital. “Tem criança com a mãe, dormindo no chão”, lamentou.

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As informações foram enviadas pela telespectadora para o Programa Fala Cidade, da TV CORREIO.

A técnica de enfermagem, que acompanha a saúde dos indígenas, disse que vieram da aldeia Ipyrahy. “A criança foi atendida apenas com soro, que terminou meia noite. Em seguida, ela precisava ser avaliada para ser liberada, só que as técnicas de plantão informaram que a médica só iria reavaliar a criança 6 horas da manhã”.

Alzinete enviou fotos do interior do hospital que mostram crianças no colo de acompanhantes, dormindo em bancos ou no chão.

A reportagem da TV Correio solicitou nota à Prefeitura de Marabá em relação a esse fato ocorrido no HMM.

O secretário de Comunicação, Alessandro Viana, disse, por áudio de WhastApp, que a foto foi montada. “Deixaram a criança deitada aí. A criança estava em leito e está trocando o soro normalmente. Essa foto foi feita só para mandar pra vocês. Isso é fato!”, alegou ele.

Logo em seguida, enviou uma nota afirmando que a direção do hospital já está verificando a situação da paciente e sua mãe. “Todos os cuidados estão sendo disponibilizados para o atendimento. E a imagem que mostra a criança deitada no banco de cimento não procede. A equipe médica pediátrica está dando toda a atenção possível à situação”, diz a nota.

Depois da divulgação da reportagem, durante o programa Fala Cidade, diversos telespectadores enviaram mensagens afirmando que o descaso do Hospital Municipal é recorrente.

Por fim, uma testemunha, de prenome Élio, enviou uma mensagem à TV CORREIO confirmando o relato da técnica de enfermagem. “Essa história é verdade. Eu estava lá esperando o atendimento e presenciai a conversa com a médica do pronto socorro, que se recusou a atender. Disse que era responsabilidade da pediatria. (Informações da TV CORREIO)