Correio de Carajás

Covid-19: Morre o ex-deputado Gerson Peres, aos 88 anos

O Pará perdeu nesta manhã de terça-feira, 21 de abril, uma das suas históricas figuras públicas, o ex-vice-governador e ex-deputado de vários mandatos, Gerson Peres, aos 88 anos. Ele estava internado desde o último dia 13 na UTI do Hospital Adventista de Belém, entubado para tratamento de covid-19. Natural de Cametá, Gerson dedicou 54 anos da sua existência à vida pública, em várias funções e mandatos eletivos, além de presidente do Partido Progressista (PP) por muitos anos.

O político pertencia ao grupo de risco pela idade e também por ser hipertenso.

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Gerson dos Santos Peres nasceu em Cametá, no dia 2 de maio de 1931. Era advogado, jornalista e político brasileiro que foi vice-governador do Pará de 1979 a 1982, quando então pertencia ao partido Arena. Quase toda a sua vida, no entanto, foi dedicada ao parlamento, em vários mandatos de deputado federal pelo Pará. No Congresso Nacional sempre foi uma figura ativa e influente, atuando como líder ou vice-líder de partidos e blocos.

Também foi, por muitos anos, Diretor Regional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) no Pará. No jornalismo, foi das equipes dos jornais O Liberal e A Província do Pará, em Belém. Também foi secretário Especial de Estado de Promoção Social – PA, no período de: 1º/02/2003-31/03/2006.

HISTÓRIA DE VIDA

Filho de Romeu Duarte Peres e Joana dos Santos Peres. Começou sua vida política no movimento estudantil em Belém formando-se em Direito na Universidade Federal do Pará. Diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no Pará e jornalista, foi eleito deputado estadual pelo PTB em 1958, migrou para a UDN e foi reeleito em 1962. Após o Golpe Militar de 1964 outorgar o bipartidarismo via Ato Institucional Número Dois, ingressou na Arena sendo reeleito em 1966, 1970 e 1974.

Em 1978 foi eleito vice-governador do Pará por via indireta na chapa de Alacid Nunes sendo escolhido presidente do diretório estadual da Arena e do PDS elegendo-se deputado federal em 1982, 1986 e 1990. Ausentou-se da votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 que propunha Eleições Diretas para Presidência da República, faltaram vinte e dois votos para a emenda ser aprovada. Foi eleitor de Paulo Maluf no Colégio Eleitoral, votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992. Filiou-se depois a legendas como PPR e PPB reelegendo-se em 1994 e 1998. Derrotado na disputa ao Senado Federal pelo PP em 2002, foi Secretário Especial de Promoção Social e seu último mandato de deputado federal foi em 2006. (Da Redação)