Correio de Carajás

Convenção coletiva:Negociação continua empacada

Os últimos meses foram marcados por impasse entre o Sindicom e Sindecomar em Marabá. Representantes de ambos os sindicatos têm sentado para discutir propostas que devem ser incluídas na convenção coletiva de trabalho que ficará vigente por dois anos para os trabalhadores do comércio. No entanto, seis reuniões já foram realizadas e nenhuma decisão definitiva foi tomada.

“Em dezembro, nós oficiamos o Sindecomar e o Sintrasul para que a gente iniciasse as negociações com antecedência, pois sabemos que agora as normas coletivas têm vigência de dois anos. Se ela termina, se não for renegociada, deixa de existir”, confirmou Raimundo Alves da Costa Neto, diretor do Sindicom.

Segundo ele, a intenção era resolver a situação antes da data-base, que é o período reservado à correção salarial e discussão e revisão das condições de trabalho estabelecidas por acordo, convenção ou dissídio. “Nós iniciamos no mês de fevereiro a primeira reunião para negociação e mandamos pela primeira vez uma proposta, evidentemente que a gente suprimiu algumas cláusulas e estamos procurando adequar outras de acordo com a reforma trabalhista. O que tivemos de resposta deles foi a permanência de todas as cláusulas da convenção coletiva já existente”, confirmou.

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#ANUNCIO

No entanto, acrescentou que ela não foi aceita pela comissão, formada por representantes de cada segmento do comércio, e que outros encontros foram necessários para discutir as novas condições trabalhistas. “Nós já chegamos a acordo de algumas cláusulas, como a questão da estabilidade do trabalhador após o retorno de férias, mas estamos travados na questão da jornada de trabalho e dos feriados”, esclareceu. Conforme Neto, foi colocado ao Sindecomar a proposta de jornada de trabalho de 44 horas semanais com a possibilidade dos patrões escolherem o turno em cada trabalhador vai atuar.

“De acordo com a sua conveniência e necessidade, porque tem gente que precisa abrir cedo, outros precisam abrir tarde e, com isso, a gente não pode deixar de cumprir a jornada trabalhista de 8 horas por dia e 44 semanais. Mas há uma insistência por parte deles de querer que a gente coloque no instrumento coletivo a hora de abrir e fechar o comércio e isso não é papel nosso é da prefeitura. Está no Art. 30 da Constituição Federal, item 1”, completou.

Raimundo destaca ainda que a convenção válida para os comerciários sempre vem de Belém e que esta é a oportunidade de deixa-la conforme as necessidades locais. “Com entrada da nova lei, é o momento de colocar as coisas conforme a necessidade da economia local. Neste caso, como eles não entraram na justiça e perderam a data base, como não foi negociada a convenção e a anterior venceu, tudo o que for feito do dia 30 para cá vai ser resolvido pela CLT”, declarou.

Dia do Comerciário

O Sindicom também propôs a mudança do Dia do Comerciário para a segunda-feira de Carnaval, no intuito de não prejudicar a lucratividade do comércio. “Marabá cresceu, chegaram grandes redes de loja e precisamos evoluir”, exclamou. “Fechar na quarta ou segunda-feira de outubro, em um dia útil, é prejuízo. Eles não aceitaram este tipo de proposta, mas estamos negociando”.

A próxima rodada de negociações acontece na quarta-feira (16) com o setor de gêneros alimentícios e o Sindecomar. “Porque nós queremos fechar somente quatro feriados durante o ano para esse segmento, mais o Dia do Comerciário. Em contrapartida, vamos liberar de a homologação continuar sendo no sindicato dos empregados do comércio, para os afiliados dele”, concluiu.

Sindecomar

Em entrevista ao CORREIO, o presidente do Sindecomar, João Luís Barnabé, confirmou que o sindicato pediu para estabelecer horários de fechamento no acordo coletivo, com o intuito de resguardar o cumprimento da jornada de trabalho corretamente. “Então, estamos nesse impasse. Outra questão é que nós temos uma convenção de 20 anos atrás, da qual a gente vem mantendo algumas cláusulas que beneficiam o trabalhador. Devido a essa nova lei, o Sindicom está querendo tirar esses direitos nossos, que foram adquiridos com muita luta”, declarou. Ele disse também que o Sindecomar quer um reajuste acima do INPC.

 

Os últimos meses foram marcados por impasse entre o Sindicom e Sindecomar em Marabá. Representantes de ambos os sindicatos têm sentado para discutir propostas que devem ser incluídas na convenção coletiva de trabalho que ficará vigente por dois anos para os trabalhadores do comércio. No entanto, seis reuniões já foram realizadas e nenhuma decisão definitiva foi tomada.

“Em dezembro, nós oficiamos o Sindecomar e o Sintrasul para que a gente iniciasse as negociações com antecedência, pois sabemos que agora as normas coletivas têm vigência de dois anos. Se ela termina, se não for renegociada, deixa de existir”, confirmou Raimundo Alves da Costa Neto, diretor do Sindicom.

Segundo ele, a intenção era resolver a situação antes da data-base, que é o período reservado à correção salarial e discussão e revisão das condições de trabalho estabelecidas por acordo, convenção ou dissídio. “Nós iniciamos no mês de fevereiro a primeira reunião para negociação e mandamos pela primeira vez uma proposta, evidentemente que a gente suprimiu algumas cláusulas e estamos procurando adequar outras de acordo com a reforma trabalhista. O que tivemos de resposta deles foi a permanência de todas as cláusulas da convenção coletiva já existente”, confirmou.

#ANUNCIO

No entanto, acrescentou que ela não foi aceita pela comissão, formada por representantes de cada segmento do comércio, e que outros encontros foram necessários para discutir as novas condições trabalhistas. “Nós já chegamos a acordo de algumas cláusulas, como a questão da estabilidade do trabalhador após o retorno de férias, mas estamos travados na questão da jornada de trabalho e dos feriados”, esclareceu. Conforme Neto, foi colocado ao Sindecomar a proposta de jornada de trabalho de 44 horas semanais com a possibilidade dos patrões escolherem o turno em cada trabalhador vai atuar.

“De acordo com a sua conveniência e necessidade, porque tem gente que precisa abrir cedo, outros precisam abrir tarde e, com isso, a gente não pode deixar de cumprir a jornada trabalhista de 8 horas por dia e 44 semanais. Mas há uma insistência por parte deles de querer que a gente coloque no instrumento coletivo a hora de abrir e fechar o comércio e isso não é papel nosso é da prefeitura. Está no Art. 30 da Constituição Federal, item 1”, completou.

Raimundo destaca ainda que a convenção válida para os comerciários sempre vem de Belém e que esta é a oportunidade de deixa-la conforme as necessidades locais. “Com entrada da nova lei, é o momento de colocar as coisas conforme a necessidade da economia local. Neste caso, como eles não entraram na justiça e perderam a data base, como não foi negociada a convenção e a anterior venceu, tudo o que for feito do dia 30 para cá vai ser resolvido pela CLT”, declarou.

Dia do Comerciário

O Sindicom também propôs a mudança do Dia do Comerciário para a segunda-feira de Carnaval, no intuito de não prejudicar a lucratividade do comércio. “Marabá cresceu, chegaram grandes redes de loja e precisamos evoluir”, exclamou. “Fechar na quarta ou segunda-feira de outubro, em um dia útil, é prejuízo. Eles não aceitaram este tipo de proposta, mas estamos negociando”.

A próxima rodada de negociações acontece na quarta-feira (16) com o setor de gêneros alimentícios e o Sindecomar. “Porque nós queremos fechar somente quatro feriados durante o ano para esse segmento, mais o Dia do Comerciário. Em contrapartida, vamos liberar de a homologação continuar sendo no sindicato dos empregados do comércio, para os afiliados dele”, concluiu.

Sindecomar

Em entrevista ao CORREIO, o presidente do Sindecomar, João Luís Barnabé, confirmou que o sindicato pediu para estabelecer horários de fechamento no acordo coletivo, com o intuito de resguardar o cumprimento da jornada de trabalho corretamente. “Então, estamos nesse impasse. Outra questão é que nós temos uma convenção de 20 anos atrás, da qual a gente vem mantendo algumas cláusulas que beneficiam o trabalhador. Devido a essa nova lei, o Sindicom está querendo tirar esses direitos nossos, que foram adquiridos com muita luta”, declarou. Ele disse também que o Sindecomar quer um reajuste acima do INPC.