Com 25 candidatos disputando as 10 vagas disponíveis para os dois conselhos tutelares existentes em Parauapebas, acontece neste domingo (16) a nova eleição. A primeira, realizada no dia 6 de outubro de 2019, foi anulada por decisão judicial que atendeu Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado do Pará.
A anulação ocorreu após serem identificadas diversas irregularidades de procedimentos e para Aldo Nonato Lindoso Serra, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas (COMDCAP), a “quebra” do processo acabou esfriando um pouco a atual campanha.
“Nossa avaliação, enquanto Conselho, é que há uma diferença entre a primeira, que foi mais pulsante, foi bem divulgada, houve debate entre os candidatos, foi muito produtiva. De fato, acredito que os candidatos também tiveram mais tempo de pensar e executar a campanha. Nesse momento tem movimentação dos candidatos, de materiais, mas de forma mais tímida. Claro que a gente pode se surpreender nas urnas”, avalia.
Leia mais:Questionado, ele informou que algumas denúncias sobre condutas de candidatos foram repassadas à comissão eleitoral, mas até o momento nada está oficializado e a orientação é que os denunciantes as oficializem conforme edital. “Para podermos, de fato, havendo provocação legal, lidar. Há questões que estamos tratando com o Ministério Público e que serão verificadas, fiscalizadas, para que se for concreto o candidato possa ser impugnado, talvez até antes de chegar ao pleito, mas ainda é tudo extraoficial”, declarou.
ELEITORES
Aldo destaca que em outubro passado cerca de 18 mil eleitores participaram da votação, mas acredita que neste final de semana possa haver uma redução. “Pelo fato de o processo ter sido fragilizado, ter sido anulado, talvez possa reduzir. Tivemos 18 mil eleitores e a gente espera ter de 16 mil a até 18 mil, talvez um pouco menos pela anulação e não ser um voto obrigatório”, acredita.
O presidente acrescentou, ainda, que a comissão aumentou de 50 para 55 urnas, sendo o excedente instalado nos locais de votação que foram mais procurados no primeiro pleito. Para agilizar ainda mais o processo, também foram reduzidos alguns procedimentos dos mesários e elaborado novo comprovante de votação. “É para ser mais rápido, pois a votação é manual, mas sem comprometer a segurança”.
Ainda pensando em um processo mais seguro, o conselheiro destaca que a apuração dos votos não ocorrerá ao final da votação. “Antes a apuração foi realizada no mesmo dia e dessa vez pensamos, para evitar cansaço e consequentemente falhas de procedimentos e descumprimento de edital, em jogarmos a apuração para o dia seguinte. A apuração será no dia 17 e enquanto isso as urnas serão armazenadas no prédio do MP”, finalizou. O prazo para propaganda eleitoral termina nesta sexta-feira (14). (Luciana Marschall)