Correio de Carajás

Condenado a 17 anos ainda vai ser julgado por 4 crimes

Mairon da Costa Fontes, conhecido como “Felipão”, foi condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato de Antônio Marcos Maia, crime ocorrido no dia 27 de agosto de 2018. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (26), no Tribunal do Júri de Marabá. É possível que Mairon pegue um tempo de pena ainda maior, pois ele ainda deve sentar outras vezes no banco dos réus, já que responde a pelo menos outros quatro homicídios em Marabá e região.

O réu estava preso desde o dia 10 de agosto de 2019, quando foi localizado por policiais do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em uma casa noturna da Folha 16, Nova Marabá. Os investigadores já tinham em mãos um mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário, a pedido do delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular do departamento, que investigava o crime.

O assassinato cometido por Mairon aconteceu na esquina das ruas Sérvulo Brito e Sol Poente, no centro da Cidade Nova, por volta das 14 horas. Morador da Vila Cruzeiro do Sul, zona rural de Itupiranga, Antônio Marcos estava hospedado em um hotel de Marabá junto com a esposa. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas morreu em um hospital particular da cidade.

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Dois crimes numa tarde

O que mais chama atenção nesse caso é que Antônio Marcos pode ter sido confundido com o verdadeiro alvo procurado por Mairon. Naquela mesma tarde, pouco tempo depois desse assassinato, o jovem Máximo Carlos Bezerra da Silva, de 25 anos, foi executado, perto dali, na Rua Rio Branco, próximo à esquina da Avenida 2000, no bairro Belo Horizonte (Núcleo Cidade Nova).

Tudo indica que Máximo era o verdadeiro alvo do pistoleiro, que acabou se confundindo e matando Antônio Marcos por este ser muito parecido com Máximo. Porém, depois de ver que havia assassinado a pessoa errada, não pensou duas vezes e foi terminar o “serviço”.

Ou seja, Mairon pode ter tirado a vida de duas pessoas em uma mesma tarde. Tanto é verdade que um dos crimes que ele está respondendo é justamente o homicídio de Máximo Carlos, que deve leva-lo novamente ao banco dos réus em breve. (Chagas Filho)