O Pará registrou o primeiro caso no Estado de mucormicose ou “fungo preto”, em Conceição do Araguaia, região sul paraense. Trata-se de um homem idoso, que se encontra internado em São Paulo-SP. Outros três casos foram notificados ao Ministério da Saúde até 27 de maio, que se deram em pacientes que tiveram covid-19, em Fortaleza – CE; Natal – RN e São Paulo -SP. Outros 25 possíveis casos ocorridos no Brasil estão sendo analisados.
O fungo pode ser encontrado em locais úmidos e quentes e se caracteriza como doença não contagiosa, mas que afeta pessoas com problemas de saúde, como diabetes, ou que fazem uso de medicamentos para diminuir a capacidade do corpo de combater germes e doenças, como imunossupressores e corticoides (em alguns locais, usados contra inflamações geradas pela covid-19).
Especialistas observam que o fato de as pessoas estarem com sistema imunológico enfraquecido pelo coronavírus contribui para a proliferação da mucormicose. A doença é causada por um fungo incomum no Brasil, ainda que se tenha casos no País. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), embora seja uma doença rara, a taxa de mortalidade do “fungo preto” é alta, em torno de 54%, requerendo tratamento rápido.
Leia mais:Ainda sem fazer parte das estatísticas do Ministério da Saúde, um caso foi notificado em Recife (PE), nesta semana, e um caso com óbito foi registrado em Manaus – AM, no começo deste mês de junho. No entanto, sem ligação com o novo coronavírus. Em Mato Grosso do Sul, onde há crise de vacinação e falta de leitos, foram registrados dois casos suspeitos da doença em pessoas que tiveram covid-19. Um dos casos resultou em morte.
O “fungo preto” começou a ter alta de casos na Índia, em maio deste ano, entre pessoas atingidas pela covid-19. Lá foram registrados cerca de 9 mil casos de “fungo preto”, entre as vítimas de covid-19, com registro 90 óbitos. (Delmiro Silva/informações de O Liberal)