Correio de Carajás

Comércio deixa de ser correspondente bancário

Um comercial dos mais movimentados da Folha 27, no Centro da Nova Marabá, confirmou esta semana que está deixando de ser correspondente bancário, recebendo pagamento de contas, após os frequentes assaltos e insegurança. A empresa, pertencente a bancário Ildenir Alves da Costa, popularmente conhecido como Bigode, vai continuar suas atividades apenas como comércio. Foi o que ele confirmou em entrevista exclusiva ao CORREIO esta semana. A empresa atendia como correspondente há dois anos e fechou as suas portas depois de sofrer três assaltos.

De acordo com o empresário, apesar do local ficar próximo à Prefeitura de Marabá, cerca de 300 metros, o policiamento é escasso e difícil de se ver por lá. “Fomos assaltados três vezes. Os bandidos vieram aqui e colocaram armas nas nossas cabeças. Renderam a mim, meus funcionários e os clientes. Tivemos que fechar por falta de segurança. Todos nós estávamos correndo um risco de morte muito grande”, disse.

Segundo Bigode, cerca de 500 pessoas passavam por dia pelo local para efetuarem o pagamento de muitas contas. “Optei pelo fechamento já que não tínhamos segurança. Quem é prejudicada é a população. Diversas pessoas ainda vêm aqui todos os dias e se deparam com as portas fechadas”, explicou.

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Questionado pela Reportagem do CORREIO, o empresário afirmou que, além dos bandidos levarem quantias em dinheiro do estabelecimento, eles também roubaram aparelhos celulares de clientes e funcionários. “Eles vêm, assaltam, levam a renda do dia. Já chegaram a roubar o dinheiro dos clientes, que aguardavam na fila para efetuarem o pagamento das suas contas”, reclamou.

“Deveria haver policiamento ao menos aqui no centro da cidade. Ao menos policiais a pé. Deveria mudar. Precisamos de segurança”, reivindicou.

Sem retorno

“Não vamos mais abrir. Já estamos há 14 dias fechados. Quem perde é a população, que fica totalmente prejudicada”, finalizou Bigode. No entanto a loja deve voltar a atender como comercial.

Por telefone, a Reportagem do CORREIO tentou contato com a Prefeitura de Marabá para ter mais informações sobre a segurança pública na área da Folha 27, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta do órgão. (Karine Sued, com informações de Josseli Carvalho)