Na manhã desta terça-feira, 30, um grupo de comerciantes iniciou um protesto contra o fechamento de seus negócios nesta semana, imposto por decreto municipal assinado pelo prefeito Tião Miranda.
Eles estiveram em manifestação em frente à Secretaria de Obras, onde fica localizado o gabinete do prefeito Tião Miranda. Depois, seguiram para frente do Centro Regional de Governo, que funciona no Centro de Convenções Carajás, na Folha 30.
Júnior, um dos comerciantes, argumentou que o decreto municipal só prejudica os pequenos comerciantes, enquanto os grandes, como supermercados, continuam abertos. “Todas as siderúrgicas estão funcionando e por que só nossa categoria fica prejudicada. Temos folha de pagamento, impostos e aluguel para pagar. Quem vai pagar tudo isso?”, questiona Júnior, pedindo que o poder público se manifeste em favor dos comerciantes.
Leia mais:Ertes Barreto, que é proprietário de duas empresas de segmentos diferentes, disse que os critérios utilizados pela Prefeitura de Marabá para fechar alguns comércios e outros não. “As praças estão lotadas e os balneários também. Que contradição é essa. Estamos fazendo esse primeiro momento, mas se não tomarem providências, vamos fechar as entradas da cidade como forma de protesto?”, ameaçou.
Coronel Araújo, Miguelito, Alecio Stringari, entre outros vereadores se posicionaram na sessão desta terça-feira para protestar contra o fechamento dos comércios pequenos. “Quem está sendo prejudicado são os pequenos, não os grandes comerciantes. Não resolve essa situação. Se for para lockdown, vamos fechar tudo, sem prejudicar os pequenos comerciantes de nossa cidade”, disse Araújo.
No final da manhã, com o grupo todo reunido na portaria da Secretaria de Obras, onde o prefeito Tião Miranda despacha diariamente, alguns dos líderes do movimento foram recebidos pelo gestor municipal. Desse encontro, segundo eles mesmos, o prefeito se mostrou solidário aos comerciantes prejudicados, ponderou sobre a necessidade de tomar medidas com vistas ao combate ao alastramento da covid-19, e explicou as razões para não ter decretado lockdown, mas a restrição a alguns dos seguimentos.
De outro lado, dentro das respostas às reivindicações, garantiu aos comerciantes que ao final do período do atual decreto, em 6 de abril, não irá reeditá-lo e vai permitir a reabertura de todas as atividades. Teria se comprometido, ainda, a não decretar mais medidas que impactem o comércio, a não ser que o Município seja obrigado por ordem judicial. Tal compromisso foi visto pelo grupo como um avanço. (Ana Mangas)
[Atualizado às 15h30]