Entre todos os infortúnios que a terrível pandemia do coronavírus causou e ainda tem causado — uma vez que não chegamos ao fim dela –, as milhares de vidas perdidas devem sempre serem lembradas em primeiros lugar, por simplesmente não terem como serem recuperadas. Foram meses de muita incerteza e medo, mas que aos poucos vão se findando, ao ritmo em que vemos a população sendo vacinada, resultando na diminuição dos casos da doença.
O que é recuperável, e certamente será, é o status da economia atual no Brasil. Em Parauapebas, onde boa parte do comércio definhou durante os últimos 20 meses, o momento é de esperança para os lojistas. Com a Black Friday, o Natal, a virada de ano e um 2022 sem o peso das quarentenas – ao menos é o que se espera – o setor se anima e esquenta para receber os consumidores deste momento em diante.
Entrevistado pelo Portal Correio de Carajás, o presidente da Comissão de Dirigentes Lojistas de Parauapebas (CDL), Euler Roni dos Santos, que também é empresário, relembra o período difícil para o comércio parauapebense. “Tivemos segmentos que fecharam as portas, shoppings e galerias fechadas por vários meses, e 2021 está sendo um ano de recuperação gradativa. Projetamos um Natal diferente do último ano”, disse o lojista.
Leia mais:“Os hábitos de compra da população mudaram após a pandemia”, ressalta Euler, comentando sobre o e-commerce, principalmente nos setores alimentícios e de vestimentas. “Isso afeta nosso comércio local e estamos nos adaptando à nova realidade. Nós, empresários, vamos ter que aprender a lidar com essa nova forma de consumo”, diz Euler, projetando uma virada de ano similar à de 2018.
Adenilton Alves de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Bens e Serviço de Parauapebas (SINTRACPAR), estimou que o consumo no comércio, por conta da questão de saúde e também do aumento do desemprego e portas fechadas nas lojas, sofreu uma queda de 70% no país, revés este que também foi muito sentido em Parauapebas, ao que Adenilton agradeceu publicamente os trabalhadores de locais de atividades essenciais, como supermercados e farmácias.
Ele ainda afirma que a geração de emprego na cidade, um dos locais referência no Pará e no Brasil nesse quesito, está “tímida” atualmente. Algumas vagas surgiram, segundo Adenilton, por conta de muitos ainda estarem impedidos de voltar à rotina, por pertencerem a grupos de risco ou o caso das grávidas, sobre quem o Governo Federal ainda age com cautela em relação a vacinação.
Mesmo com o pessimismo do sindicalista em relação às vagas de emprego no fim do ano, o Portal Correio de Carajás conversou com Hadiel Gonçalves, vendedor de loja de eletrodomésticos na Avenida do Comércio, que conseguiu emprego fixo para trabalhar na época mais quente para a economia no ano. O recém-empregado estima um bom desempenho para o período.
“Muitas promoções já estão ativas e a procura está alta, mesmo que os preços tenham aumentado bastante em relação ao período pré-pandemia”, disse Hadiel. Ele finaliza afirmando que o comércio onde trabalha já está preparado para receber os consumidores. (Juliano Corrêa e Ronaldo Modesto)