Cerca de 200 empresários fizeram protesto nesta quarta-feira (24), no Centro de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. Eles são contra a medida extrema de restrição contra a covid-19 imposta pela prefeita da cidade, Josemira Gadelha, do MDB.
A manifestação foi pacífica e feita com a ajuda de um carro som. Os pequenos comerciantes seguiram para a frente da Câmara Municipal de Canaã onde cobraram dos vereadores e do Poder Executivo o fim do lockdown. “Essa medida da prefeita está atingindo as pequenas empresas, motoristas de táxi, aplicativos e vendedores ambulantes. Os grandes estão funcionando”, lamentou um dos manifestantes que preferiu não se identificar com medo de represálias.
A restrição máxima começou a valer a partir desta quarta-feira (24) e terá duração de 12 dias. Os serviços não essenciais como bares, restaurantes, casas de shows e igrejas estão proibidos em todo o município, assim como a circulação de pessoas pelas ruas da cidade sem justificativa.
Leia mais:As empresas que desobedecerem ao decreto estarão sujeitas a multa diária de até R$ 50 mil e os cidadãos poderão ser punidos em R$ 150 se forem pegos fora de casa e não justificarem o motivo de estarem nas ruas. “Vamos acordar, meu povo, se não viraremos uma Venezuela onde a população está passando fome”, reclamou o empresário e dono de academia Léo Silva.
A Polícia Militar foi acionada para conter os manifestantes e evitar aglomeração. “Fizemos um abaixo assinado, mas não fomos atendidos pelo Legislativo, nem pelo Executivo. A prefeita abriu apenas um bate-papo no Instagram dela”, relatou a empresária Raylei de Almeida. Para os comerciantes, a única reivindicação foi feita através duas palavras de ordem: “Queremos trabalhar!”. (Nyelsen Martins)