Correio de Carajás

Comemorando 6 anos de Deam, delegada anuncia projetos em defesa da mulher

A delegada Ana Carolina Carneiro, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Parauapebas, promoveu na manhã desta segunda-feira (13) um café da manhã com a imprensa local. O objetivo era apresentar as novas instalações da especializada, no prédio da Fundação ParáPaz, no Bairro Jardim Canadá.

A delegada comemora as conquistas somadas ao longo dos seis anos à frente da delegacia e relembra quando a Deam funcionava em apenas duas salas no prédio da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, sem estrutura para receber de forma adequada os usuários.

“Pela primeira vez em seis anos temos uma equipe completa”, comemora, informando ser formada por dois investigadores, escrivã de carreira e psicóloga, além da delegada. Sobre a estrutura física do novo prédio, Ana Carolina destaca o avanço. “Em termos estruturais a gente avançou e chegou onde eu sempre sonhei, uma estrutura para acolher as mulheres, com salas individuais e brinquedoteca”, detalha.

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Novos projetos foram anunciados pela delegada para coibir a violência contra a mulher. “A gente quer inserir a mulher vítima de violência doméstica e familiar no mercado de trabalho”, diz, explicando que isso se dará através de parcerias com empresas e com a Prefeitura Municipal. 

A ideia é criar um selo para as empresas parceiras da Deam neste projeto e àquela que se comprometerem a recusar funcionários com histórico de violência doméstica e, caso necessário, demita o funcionário. “O homem tem medo de perder o emprego, o trabalho traz empoderamento para ele”, defende.

Outra frente de atuação será junto às escolas, no retorno às aulas. A delegada quer elaborar cartilhas orientando sobre os direitos da mulher, o papel da Deam e as políticas públicas que lhe garantem direitos. “Queremos levar as informações aos estudantes e às mães. O conhecimento é a nossa maior arma na luta contra a violência”.

Atualmente, a Deam atende com equipe completa

O intuito também é capacitar professores para diagnosticar vítimas de estupro de vulnerável e, assim, acionarem a Polícia Civil para os procedimentos cabíveis. “A vítima cria um padrão de comportamento, muitas vezes é possível identificar na escola”, diz.

Para o mês de agosto a ideia é iniciar a Delegacia Itinerante, para que uma vez ao mês o atendimento seja feito nas zonas rurais de Parauapebas. Serão ministradas palestras e instauração de inquérito policial nos casos detectados, para “aproximar a população da polícia, para que ela saiba que não está sozinha”, enfatiza a delegada. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)