Comemoração… Comemoração?
Há um dito popular que diz que todas as conquistas precisam ser comemoradas. Talvez por isso os jogadores do Águia estejam comemorando a classificação para as quartas de final do Parazão. O problema é que essa tese da “conquista” carrega no seu cerne uma antítese, pois, ao se classificar em oitavo lugar, o time marabaense automaticamente enfrentará o primeiro colocado, o Clube do Remo. Aí a coisa complica.
Existem possibilidades
Leia mais:Eu sei, eu sei, o Águia empatou na fase de grupos com o Remo, no Zinho Oliveira, e só não venceu o jogo por causa de um possível erro da arbitragem, chorado até hoje pela torcida aguiana. Mas, em jogos de ida e volta, venhamos e convenhamos, o favoritismo é todo do Remo.
Ditos populares
Por outro lado, um outro ditado popular diz o seguinte: quanto menos um time ganha mais está perto de ganhar novamente. A torcida do Azulão Marabaense espera que esse dito se cumpra, afinal a última vitória do Águia foi no longínquo 28 de fevereiro. Lá se vão dois meses desde aquele 3×2 em cima da Tuna. Será que aquele jogo enganou todo mundo?
A conquista dos sem-teto
Mas, falando em triunfo, o que dizer o Itupiranga, um time de investimento mais modesto do que o Águia e – pior – um time sem-teto, que não tem uma casa pra jogar. Primeiro ia mandar suas partidas no Estádio Municipal Jaime Sena Pimentel, mas a praça de esportes não passou no estranho crivo da Federação Paraense de Futebol (FPF). Diante disso, a saída foi jogar no Guilherme Mulato, o “Mulatão”, em Jacundá. Mas lá também foi barrado pelo rigor cruel da FPF. Imaginava-se que esses percalços poderiam prejudicar o desempenho do time. Que nada, o Itupiranga tirou de letra e ocupou o Zinho Oliveira, ao bom e velho estilo sem-teto. Parabéns pela ocupação produtiva!
Confronto
Agora, a moçada do Itupiranga enfrenta o Independente, o famoso “Galo Elétrico”, de Tucuruí, que já foi campeão paraense. Não há favoritos! São duas equipes que mostraram muita regularidade até aqui, muito bem treinadas por Wando Costa (Itupiranga) e Sinomar Naves (Independente).
Rebaixados
O Gavião foi uma equipe que mostrou muitas limitações. Ficou faltando um trabalho mais diferenciado na estruturação do elenco, porque a exigência técnica é maior na elite e talvez os dirigentes da equipe indígena não tenham se dado conta disso. O mesmo vale para o Carajás, que tentou jogar na conta da arbitragem seu desempenho ruim e até ameaçou abandonar o certame. Melhor sorte da próxima vez para ambos.