Correio de Carajás

Com presença do governador, flagelados recebem primeiras cestas

Na tarde desta terça-feira (11), o governo do Estado, por meio da Defesa Civil, começou a entrega de 2,5 mil cestas de ajuda humanitária para as 1,4 mil famílias atingidas pela enchente em Marabá. O próprio governador Helder Barbalho fez a entrega das primeiras cestas aos flagelados que estão em abrigo montado na praça do São Félix Pioneiro.

Acompanhado do prefeito Tião Miranda, do secretário de Governo, João Chamon Neto, e outras autoridades, o governador visitou os abrigos, tirou fotos com populares e ouviu pedidos da comunidade. “Esse é um momento de solidariedade, de unir esforços para que possamos diminuir o sofrimento das famílias atingidas e fazer com que elas possam atravessar esse momento da maneira menos traumática possível”, afirmou o governador.

Nada menos de 2,5 mil cestas de ajuda humanitária estão sendo distribuídas

Mais ações

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Ainda de acordo com ele, o Corpo de Bombeiros já está autorizado a adquirir e enviar material de higiene, camas e água potável para as famílias atingidas pela cheia. Além disso, a Companhia de Habitação do Pará (Cohab) está orientada a dar apoio na recuperação de residências que possam ter a estrutura comprometida devido a enchente, por meio do programa “Sua Casa”.

Outra medida anunciada pelo governador é o custeio de aluguel social para famílias flageladas, caso isso seja necessário, o que será feito pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). “Esse é um momento que deve nos colocar em alerta”, resume o governador, acrescentando que é tempo de união entre governo do Estado e prefeitura, para cuidar das pessoas.

Helder Barbalho: “Esse é um momento que deve nos colocar em alerta”

Parceria importante

Por outro lado, o prefeito Tião Miranda enalteceu a parceria com o governo do Estado e também com o Exército. Segundo ele, o gasto da prefeitura em momentos como este é grande, tanto na construção de abrigos quanto no aluguel de galpões e outras ações que precisam ser feitas diariamente.

Tião, que é filho de Marabá, observa que é a primeira vez que a enchente chegou na primeira semana do ano, geralmente o rio subia entre fevereiro e março. “Nós estamos preocupados porque estamos ainda no período de chuvas, de cheias, ainda tem muita água pra rolar, mas esperamos com essa parceria dar conta de ir abrigando as pessoas”, disse Tião.

Perguntado sobre a possibilidade de decretar situação de calamidade pública, prefeito Tião Miranda disse que o Estado de Emergência, decretado semana passada, já possibilita ações mais ágeis de apoio aos flagelados, não havendo necessidade de decretar calamidade.

“Bem na hora”

Entre as pessoas que receberam as cestas de ajuda humanitária está o seu Raimundo da Mota Maia, residente na localidade do Geladinho. A terra em que ele mora foi tomada pelo Rio Tocantins, por isso Raimundo está abrigado com a família na praça do São Félix Pioneiro. Ele disse que a ajuda humanitária “chegou bem na hora”.

Seu Raimundo Mota Maia diz que ajuda chegou “bem na hora”

Perguntado sobre quais outras ações podem ser feitas em prol dos flagelados, seu Raimundo – de forma humilde – pediu apenas que as autoridades continuem o trabalho que estão fazendo e tudo que vier para as famílias atingidas será bem-vindo. (Chagas Filho)