Correio de Carajás

Colegas acham que corpo desovado em túmulo é de ajudante de pedreiro

Maurício foi achado em uma sepultura / Foto: Josseli Carvalho

O corpo masculino encontrado dentro de uma sepultura, ainda não identificado oficialmente, foi apontado como sendo de Maurício Freitas, mais conhecido pelos trabalhadores do Cemitério da Saudade como ‘Gordinho’. O coordenador do Cemitério da Saudade, Antônio Maria Ferreira, contou que a bermuda vestida pelo homem é muito semelhante à que Maurício costumava utilizar, acrescentando que ele trabalhava como ajudante de pedreiro na construção das sepulturas, além de fazer limpezas e outros serviços.

Coordenador do Cemitério da Saudade, Antônio Maria Ferreira reconheceu o corpo / Foto: Josseli Carvalho

Segundo Antônio, o Gordinho não era visto pelo cemitério há quase seis dias e não era comum ele ficar tanto tempo sem frequentar o local. “Ele estava sempre por aqui fazendo algum serviço, como ajudar a carregar materiais, fazer limpeza nas sepulturas, etc. Todos acharam estranho ele não aparecer mais, inclusive, a mãe dele o procurou aqui, pois não era comum ele dormir fora de casa”, relata Antônio.

O coordenador relembra que na terça-feira (09) um pedreiro havia guardado um carro-de-mão próximo ao necrotério e quando foi procurar não o achou mais. “Hoje de manhã, quando cheguei, um outro pedreiro me avisou que encontrou o carro-de-mão próximo ao local onde estava fedendo. Eu fui até lá com ele e percebemos que na sepultura [onde Maurício foi achado] havia uns pedaços soltos, então autorizei que abrissem e na parte de baixo havia algumas placas de concreto abertas, então encontramos o corpo fora do caixão”, conta Antônio.

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Antônio solicitou que fosse localizado o endereço da mãe de Maurício e acionadas as autoridades policiais. “Estamos aguardando agora os procedimentos cabíveis para saber o que aconteceu com ele. A última vez que o vi foi na quinta-feira (03), quando ele estava finalizando um serviço de carregamento de materiais, já no final da tarde”, relembra Antônio.

O coordenador completa que Gordinho nunca teve desavenças com nenhum outro colega de trabalho. “Todos gostavam dele. Quando eu cheguei aqui ele já trabalhava fazendo serviços com os demais pedreiros”, finaliza. (Zeus Bandeira e Josseli Carvalho)