Foi sob tensão o clima na sessão ordinária de ontem, quinta-feira, na Câmara Municipal de Curionópolis (CMC), no sudeste do Pará, que foi relâmpago. Tudo porque havia a informação de que poderia haver possível tumulto no local, causado por correligionários do prefeito Adonei Aguiar (DEM), tendo como alvos os vereadores Magno da Cooperalt (MDB) e Gildásio Mendes Barros (PSD). Na última sessão, os ânimos se acirraram em plenário, o que se estendeu para as redes sociais.
Por conta dessas ameaças, feitas por redes sociais, o vereador Gildásio Barros chegou a registrar uma ocorrência pela manhã contra Leonardo de Almeida Silva, conhecido como Leo Lura, assessor de Adonei Aguiar, que em um áudio pede ao chefe dos vigilantes da prefeitura, chamado Tarcísio, que levasse para a Câmara uma turma de seguranças, sem uniforme, porque poderia ter confusão na Câmara.
Antes do início da sessão havia um grupo de pessoas em frente da CMC. Os olhares eram tensos, como se estivessem observando algo ou esperando alguma ordem para agir.
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O clima amenizou com a chegada de uma viatura do Grupamento Tático da Polícia Militar (GTO), que estacionou em frente à Câmara e ficou lá até terminar a sessão. Em plenário, dava para perceber o clima tenso entre os vereadores.
Tanto, que a sessão foi rápida. Tão logo foi aberta, pelo presidente da Casa, vereador Francisco Aderbal de Oliveira (DEM), foi feita a leitura da ata da sessão anterior e apresentado e votado apenas um projeto de autoria do Executivo. O projeto foi aprovado com os votos contra de Gildásio e Magno.
Todos os 10 vereadores presentes abdicaram de falar na tribuna e os líderes partidários também não quiseram se pronunciar no horário de liderança das legendas. Sem mais assunto, a sessão foi encerrada, com o presidente, se reportando de forma sutil ao clima nada agradável que se vive hoje em Curionópolis, onde as ameaças e perseguições a quem se manifesta contra o governo seriam grandes.
“Quero dizer que nós, vereadores, temos nossas discussões em plenário, mas isso, depois, nós dirimimos entre nós. Não tem porque estendermos o que acontece em plenário para fora daqui”, frisou o vereador.
Após a sessão, o vereador Gildásio Barros disse que espera que a situação se acalme e que se possa discutir e debater as coisas nos campos das ideias, sem levar isso para o lado pessoal, como viria ocorrendo na cidade na atual gestão, que “reage às críticas perseguindo seus adversários”. Ele diz que como estudante de Direito e servidor licenciado da justiça, não vai reagir às provocações que vem recebendo e vai fazer isso pelos meios legais.
Ele já está movendo processo contra Leo Mura e espera que a justiça seja feita. “Nós vivemos em um Estado democrático de direito e esse tipo de barbárie não podemos mais permitir na política. Eu, pessoalmente, não tenho nada contra nenhum dos meus pares, agora não posso e nem vou comungar com coisa errada. Vou continuar lutando, para que se faça a coisa certa”, desabafa o vereador.
Gildásio observa que ele passou ser alvo da ira dos correligionários de Adonei Aguiar justamente por denunciar as coisas erradas que viriam ocorrendo na gestão municipal. Além da tribuna da Câmara, ele costuma usar as redes sociais para expor as coisas que vem acontecendo e isso vem incomodando os governistas.
“A gente luta para que a coisa pública seja transparente. Aqui, a gente não sabe quase nada do que vem acontecendo porque não há clareza nos gastos públicos. Temos que parar com essa máxima de que rouba mais faz está certo. Não tem que roubar, tem que fazer e prestar contas do que se está fazendo”, pontua o vereador.
Por lutar pela coisa certa, Gildásio afirma que teme pela vida dele e de sua família, porque não sabe até onde essas pessoas que pregam o ódio e incitam a violência pelas redes sociais podem chegar. “Infelizmente ainda vivemos em um Estado onde tem sido frequente o assassinato de vereador e prefeito. Por isso, não vou mentir, tenho tomados algumas precauções, mas também não vou deixar de sair e tocar minha vida. Nunca tive inimigos, se algo me acontecer, está relacionado ao meu cargo político”, deixa claro o vereador, que mora em Curionópolis há 36 anos. (Tina Santos)
Foi sob tensão o clima na sessão ordinária de ontem, quinta-feira, na Câmara Municipal de Curionópolis (CMC), no sudeste do Pará, que foi relâmpago. Tudo porque havia a informação de que poderia haver possível tumulto no local, causado por correligionários do prefeito Adonei Aguiar (DEM), tendo como alvos os vereadores Magno da Cooperalt (MDB) e Gildásio Mendes Barros (PSD). Na última sessão, os ânimos se acirraram em plenário, o que se estendeu para as redes sociais.
Por conta dessas ameaças, feitas por redes sociais, o vereador Gildásio Barros chegou a registrar uma ocorrência pela manhã contra Leonardo de Almeida Silva, conhecido como Leo Lura, assessor de Adonei Aguiar, que em um áudio pede ao chefe dos vigilantes da prefeitura, chamado Tarcísio, que levasse para a Câmara uma turma de seguranças, sem uniforme, porque poderia ter confusão na Câmara.
Antes do início da sessão havia um grupo de pessoas em frente da CMC. Os olhares eram tensos, como se estivessem observando algo ou esperando alguma ordem para agir.
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O clima amenizou com a chegada de uma viatura do Grupamento Tático da Polícia Militar (GTO), que estacionou em frente à Câmara e ficou lá até terminar a sessão. Em plenário, dava para perceber o clima tenso entre os vereadores.
Tanto, que a sessão foi rápida. Tão logo foi aberta, pelo presidente da Casa, vereador Francisco Aderbal de Oliveira (DEM), foi feita a leitura da ata da sessão anterior e apresentado e votado apenas um projeto de autoria do Executivo. O projeto foi aprovado com os votos contra de Gildásio e Magno.
Todos os 10 vereadores presentes abdicaram de falar na tribuna e os líderes partidários também não quiseram se pronunciar no horário de liderança das legendas. Sem mais assunto, a sessão foi encerrada, com o presidente, se reportando de forma sutil ao clima nada agradável que se vive hoje em Curionópolis, onde as ameaças e perseguições a quem se manifesta contra o governo seriam grandes.
“Quero dizer que nós, vereadores, temos nossas discussões em plenário, mas isso, depois, nós dirimimos entre nós. Não tem porque estendermos o que acontece em plenário para fora daqui”, frisou o vereador.
Após a sessão, o vereador Gildásio Barros disse que espera que a situação se acalme e que se possa discutir e debater as coisas nos campos das ideias, sem levar isso para o lado pessoal, como viria ocorrendo na cidade na atual gestão, que “reage às críticas perseguindo seus adversários”. Ele diz que como estudante de Direito e servidor licenciado da justiça, não vai reagir às provocações que vem recebendo e vai fazer isso pelos meios legais.
Ele já está movendo processo contra Leo Mura e espera que a justiça seja feita. “Nós vivemos em um Estado democrático de direito e esse tipo de barbárie não podemos mais permitir na política. Eu, pessoalmente, não tenho nada contra nenhum dos meus pares, agora não posso e nem vou comungar com coisa errada. Vou continuar lutando, para que se faça a coisa certa”, desabafa o vereador.
Gildásio observa que ele passou ser alvo da ira dos correligionários de Adonei Aguiar justamente por denunciar as coisas erradas que viriam ocorrendo na gestão municipal. Além da tribuna da Câmara, ele costuma usar as redes sociais para expor as coisas que vem acontecendo e isso vem incomodando os governistas.
“A gente luta para que a coisa pública seja transparente. Aqui, a gente não sabe quase nada do que vem acontecendo porque não há clareza nos gastos públicos. Temos que parar com essa máxima de que rouba mais faz está certo. Não tem que roubar, tem que fazer e prestar contas do que se está fazendo”, pontua o vereador.
Por lutar pela coisa certa, Gildásio afirma que teme pela vida dele e de sua família, porque não sabe até onde essas pessoas que pregam o ódio e incitam a violência pelas redes sociais podem chegar. “Infelizmente ainda vivemos em um Estado onde tem sido frequente o assassinato de vereador e prefeito. Por isso, não vou mentir, tenho tomados algumas precauções, mas também não vou deixar de sair e tocar minha vida. Nunca tive inimigos, se algo me acontecer, está relacionado ao meu cargo político”, deixa claro o vereador, que mora em Curionópolis há 36 anos. (Tina Santos)