Correio de Carajás

Mãe de Ana Karina condena soltura de mais um acusado pela morte da filha

A decisão da justiça de conceder liberdade a Francisco de Assis, o Magrão, acusado ser o pistoleiro que executou a comerciária Ana Karina Guimarães, que tinha 29 anos e estava grávida de nove meses, foi recebida com indignação pela mãe dela, Maria Iris Matos Guimarães, que vem lutando para que todos os envolvidos no crime, que chocou Parauapebas, sejam punidos. “Foi mais um duro golpe para mim”, resume a mulher.

Magrão teve a prisão preventiva revogada pelo juiz Ramiro Almeida Gomes, da 2ª Vara Criminal de Parauapebas e deve ganhar liberdade a qualquer momento. Ele estava preso desde o dia 17 de maio de 2010, por determinação do juiz Líbio Moura, que à época era titular da Vara Criminal de Parauapebas.   

Em outubro do ano passado, o empresário Alessandro Camilo de Lima, pai do filho que a comerciária esperava, recebeu habeas corpus da justiça e está em liberdade aguardando o julgamento que estava marcado para o dia 29 de janeiro deste ano, mas foi novamente adiado.

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O único acusado de envolvimento no crime que já foi julgado é Florentino de Sousa Rodrigues, que foi condenado em 2013 a 24 anos de prisão. Ele é acusado de ter intermediado a morte da comerciária, que teria sido arquitetada e encomendada por Alessandro Camilo.

Outra pessoa acusada de participação no crime é Graziela Barros de Almeida, que era noiva de Alessandro Camilo. Ela nunca foi presa. 

Ana Karina desapareceu no dia 10 de maio de 2010, após ir se encontrar com o empresário Alessandro Camilo, que a chamou dizendo que ia entregar a ela o dinheiro para pagar o parto do bebê. Na realidade, segundo as investigações, ela caiu em uma emboscada armada pelo empresário e sua noiva e acabou morta.

Os corpos dela e do bebê nunca foram encontrados. Os acusados confessaram que a vítima foi morta a tiros e teve o corpo colocado dentro de um barril e jogado de uma ponte dentro do Rio Itacaiúnas. Buscas foram realizas no local, mas nada foi encontrado.

Isso é mais uma tortura para Maria Iris, que diz que queria ao menos sepultar o copo da filha e do neto. Para ela, a criança foi retirada com vida da barriga de Ana Karina e ela espera que um dia, isso venha à tona.

“Eu não acredito que meu neto esteja morto. Eu, dentro do meu coração, não sinto isso. Para mim, ele está vivo e espero que um dia isso seja revelado”, espera Iris, observando que o processo da morte da filha vem se arrastando e os acusados sendo soltos porque ela não tem recursos financeiros para pagar bons advogados.

“Se eu tivesse dinheiro ou fosse uma pessoa influente, eles já teriam sido julgados e estavam presos”, acredita Maria Iris, dizendo que agora só confia na justiça Divina.  “A justiça Divina eu sei que será feita. Dessa, nenhum deles vai se livrar”, desabafa. (Tina Santos)

 

Foto: Adriano Baracho

A decisão da justiça de conceder liberdade a Francisco de Assis, o Magrão, acusado ser o pistoleiro que executou a comerciária Ana Karina Guimarães, que tinha 29 anos e estava grávida de nove meses, foi recebida com indignação pela mãe dela, Maria Iris Matos Guimarães, que vem lutando para que todos os envolvidos no crime, que chocou Parauapebas, sejam punidos. “Foi mais um duro golpe para mim”, resume a mulher.

Magrão teve a prisão preventiva revogada pelo juiz Ramiro Almeida Gomes, da 2ª Vara Criminal de Parauapebas e deve ganhar liberdade a qualquer momento. Ele estava preso desde o dia 17 de maio de 2010, por determinação do juiz Líbio Moura, que à época era titular da Vara Criminal de Parauapebas.   

Em outubro do ano passado, o empresário Alessandro Camilo de Lima, pai do filho que a comerciária esperava, recebeu habeas corpus da justiça e está em liberdade aguardando o julgamento que estava marcado para o dia 29 de janeiro deste ano, mas foi novamente adiado.

O único acusado de envolvimento no crime que já foi julgado é Florentino de Sousa Rodrigues, que foi condenado em 2013 a 24 anos de prisão. Ele é acusado de ter intermediado a morte da comerciária, que teria sido arquitetada e encomendada por Alessandro Camilo.

Outra pessoa acusada de participação no crime é Graziela Barros de Almeida, que era noiva de Alessandro Camilo. Ela nunca foi presa. 

Ana Karina desapareceu no dia 10 de maio de 2010, após ir se encontrar com o empresário Alessandro Camilo, que a chamou dizendo que ia entregar a ela o dinheiro para pagar o parto do bebê. Na realidade, segundo as investigações, ela caiu em uma emboscada armada pelo empresário e sua noiva e acabou morta.

Os corpos dela e do bebê nunca foram encontrados. Os acusados confessaram que a vítima foi morta a tiros e teve o corpo colocado dentro de um barril e jogado de uma ponte dentro do Rio Itacaiúnas. Buscas foram realizas no local, mas nada foi encontrado.

Isso é mais uma tortura para Maria Iris, que diz que queria ao menos sepultar o copo da filha e do neto. Para ela, a criança foi retirada com vida da barriga de Ana Karina e ela espera que um dia, isso venha à tona.

“Eu não acredito que meu neto esteja morto. Eu, dentro do meu coração, não sinto isso. Para mim, ele está vivo e espero que um dia isso seja revelado”, espera Iris, observando que o processo da morte da filha vem se arrastando e os acusados sendo soltos porque ela não tem recursos financeiros para pagar bons advogados.

“Se eu tivesse dinheiro ou fosse uma pessoa influente, eles já teriam sido julgados e estavam presos”, acredita Maria Iris, dizendo que agora só confia na justiça Divina.  “A justiça Divina eu sei que será feita. Dessa, nenhum deles vai se livrar”, desabafa. (Tina Santos)

 

Foto: Adriano Baracho