Correio de Carajás

Círio 2018: Fé e devoção que operam milagre

Não são poucas as histórias de milagres atribuídos pelos fieis a Virgem Maria, que neste domingo (21) terá todas as atenções de seus milhares de devotos no município e região de entorno voltadas para ela e sua majestosa berlinda em um percurso de fé e devoção que todos os anos arrasta uma verdadeira multidão pelas ruas de Marabá.

O comerciário e administrador de empresas, Ademir Costa da Silva, tem sua história de milagre para contar e testemunhar. Não propriamente dele, mas da esposa com quem divide venturas e desventuras há quase quinze anos. Eliane Costa da Silva foi diagnosticada com câncer de mama em 2007.

Depois de um tratamento sofrido, cirurgias e sessões de quimioterapia que se arrastaram por quase sete anos, veio a palavra final do calvário vivido por ela da equipe médica que acompanhou todo o seu tratamento: “milagrosamente, você está completamente curada”.

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Ademir mal consegue conter as lágrimas ao relatar a emoção que viveu com a esposa, agora totalmente em remissão. “Me lembro como se fosse hoje. Era outubro de 2007 e estávamos em Belém, nessa época do Círio, quando uma suspeita nos levou ao consultório médico e ao diagnóstico que nenhuma mulher deveria ouvir. O tumor era de nível 5 e as chances de que minha esposa sobrevivesse eram mínimas”, conta.

No ano seguinte, o casal ficou durante os três meses que antecedem o Círio em Belém. “A gente passava nosso tempo, entre uma consulta e outra, na Basílica. Nessa tempo, o Arcebispo de Belém era Dom Orani Tempesta, a quem relatei a nossa história. Ele nos presenteou com um terço que recebeu do Papa Bento 16 que eu guardo como um legítimo tesouro”, revela.

Eliane se operou logo depois do Círio daquele ano. Veio o tratamento e a promessa de Ademir acompanhar o Círio de marabá levando a corda, por 5 anos, juntamente com a esposa.

A notícia, claro, abalou o casal. Mas, teve o efeito de aproximá-los ainda mais da fé que já professavam antes mesmo de se conhecerem. Ademir conheceu Eliane na catequese que realiza como mentor desde que abraçou a fé inspirado pela mãe, também católica fervorosa. Em 1999, fizeram juntos o Encontro de Casais com Cristo, onde selaram a aliança que têm até hoje.

Ele diz que acompanha o Círio a pelo menos 30 anos. “Na época, era somente na Folha 16, a irmã Neves, conhecida catequista e paroquiana, coordenava tudo. “Minha mãe sempre foi muito devota de Nossa Senhora e tudo eu aprendi com ela, que me deixou o amor pela Virgem como legado de fé”, afirma.

O devoto Ademir e sua família, hoje, dedicam parte da vida a Virgem de Nazaré. Atualmente, ele faz parte da equipe de homenagens à Santa, divulgando o Círio assim que o calendário da festa é aberto pela Diocese de Marabá. Ele, inclusive, suas redes sociais para massificar a programação da festa. “Uma mãe nunca abandona os seus filhos. E o que faço significa muito pouco diante da graça que eu e minha família recebemos da nossa santinha”, declara. (Adilson Poltronieri)